O que é ser rico para você?

Ministrei (24) ontem a palestra “Planejamento Financeiro Pessoal“, a convite da Amcham, e comecei o evento exatamente com essa pergunta: “O que é ser rico para você?“. Se eu fizer essa mesma pergunta a 10 pessoas diferentes, é bem provável que eu obtenha 10 respostas também diferentes. E possivelmente todas essas respostas estarão corretas.

Isso é possível porque a percepção de riqueza varia de pessoa para pessoa. Enquanto alguns podem pensar que ser rico significa possuir um grande patrimônio, outros podem definir riqueza como a capacidade de não necessitar mais do trabalho direto para sobreviver.

O intuito deste artigo não é responder a essa pergunta. Como já escrevi, ela tem várias respostas. Mas existem algumas dicas que podem mostrar se você está no caminho correto para alcançar o objetivo de ser rico. E é isso que discutiremos a partir de agora.

Você é “destruidor” ou “gerador” de riqueza?

Independente de quanto você ganha atualmente ou o quão perto você está de ser rico, existem meios bem simples para identificar se você está destruindo sua riqueza ou gerando mais riqueza. E isso passa por uma simples análise dos bens que tem sido adquiridos.

Se, ao ganhar mais dinheiro, você opta por trocar seu carro por um melhor, comprar um apartamento maior ou uma casa de praia, é possível que você esteja destruindo sua riqueza. Perceba que os custos para manter cada um desses bens são muito altos. Já discutimos quanto custa ter um carro ou uma casa de praia.

Em contrapartida, se ao aumentar seus rendimentos você optar por adquirir bens que gerem rendimentos, como imóveis para alugar, aplicações financeiras, títulos públicos ou ações de empresas pagadoras de dividendos, você pode se considerar um gerador de riqueza.

Seu padrão de consumo e investimento o liberta ou aprisiona?

Utilizando o mesmo raciocínio da pergunta anterior, se seus gastos aumentam na mesma proporção dos seus ganhos, é provável que você fique cada vez mais dependente do seu salário para manter seu patrimônio, já que os bens que você adquiriu geram predominantemente despesas.

Ao contrário, se optar por adquirir ativos que gerem majoritariamente receitas, seu custo de vida estará sendo bancado por esses rendimentos, ao invés da sua força de trabalho. Por esse motivo, você dependerá cada vez menos do seu salário para cumprir suas obrigações financeiras, estando assim cada vez mais livre.

A cada ano, você precisa de mais ou menos força de trabalho para financiar seu padrão de vida?

Essa pergunta resume muito bem as duas anteriores. Se você precisa trabalhar cada vez mais para manter seu patrimônio, é um forte sinal que você está cada vez mais preso ao trabalho e que você tem destruído sua riqueza.

Por outro lado, se seus ativos tem gerado cada vez mais renda e a manutenção do seu patrimônio depende cada vez menos do seu salário, é um grande indicativo que você está (ou deveria) livre. Caso ainda trabalhe bastante, o faz por opção e não por necessidade.

Conclusão

O importante é perceber que ao caminhar para a independência financeira, você também está buscando melhorar sua qualidade de vida. Recomendo fortemente a leitura dos artigos “Qualidade de vida e educação financeira” e “Invista para trabalhar menos e ganhar mais“. Esses textos são leituras complementares essenciais para esse tema.

Por fim, saiba que é necessário balancear seu padrão de consumo e investimento. Assim como não é correto apenas adquirir bens “destruidores” de riqueza, também não seria prudente apenas investir em bens “geradores” de riqueza. Todos anseiam por carros melhores, casas maiores ou viagens, e esses itens também devem constar nos seus planos.

Finalmente, o que é ser rico para você?

Agora que você leu este artigo e refletiu sobre o tema, deixe um comentário com sua opinião.

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