Principais erros de quem poupa para aposentadoria

Principais erros de quem poupa para aposentadoriaPreocupar-se com a aposentadoria é quase que uma obrigação para quem pensa em dispor de uma renda que cubra as necessidades do futuro. Confiar na previdência social (INSS) ou num único plano de previdência privada pode ser um tiro no pé, caso algo dê errado.

Além de existirem muitas pessoas que não poupam para aposentadoria, há outras que mesmo poupando, ainda cometem erros que reduzem sua capacidade de poupança ou retardar o alcance da independência financeira.

Li na semana passada a excelente matéria “12 erros de quem poupa para aposentadoria“, publicada no Portal Exame, com o consultor financeiro Gustavo Cerbasi. Todas as dicas são muito valiosas, mas duas delas impactam diretamente na rentabilidade do investimento e na capacidade de poupança ao longo do tempo. E esses principais erros de quem poupa para aposentadoria serão explorados ao longo deste artigo.

Excesso de conservadorismo até entre os mais jovens

É impressionante a quantidade de pessoas que optam por fazer planos de previdência muito conservadores, mesmo quando possuem o tempo a seu favor. A partir do momento que o plano para aposentadoria tem duração de 20 ou 30 anos, não faz sentido deixar quase que a totalidade do dinheiro em renda fixa.

É de conhecimento geral que investimentos em renda variável (ações, por exemplo), a longo prazo, tendem a render bem mais que a renda fixa. Principalmente quando atravessemos períodos de baixa na bolsa, como o que estamos passando agora, onde o potencial de rentabilidade é ainda maior para o futuro.

Apesar disso, pesquisas mostram que apenas 33% dos investidores abaixo de 30 anos optam por planos de previdência agressivos (até 49% do patrimônio em renda variável). Isso é, na minha opinião, desperdiçar excelentes oportunidades de construção de patrimônio para o futuro.

Fazendo a opção por planos mais agressivos no início e migrando esses investimentos para planos mais conservadores com o passar do tempo, fará com que você construa um patrimônio bem interessante nos primeiros anos e mantenha esse patrimônio no final.

Comprar imóvel cedo demais

Quem já leu artigos no Quero Ficar Rico como por exemplo “Comprar casa própria ou alugar imóvel?” conhece minha opinião sobre essa questão. Sou totalmente a favor de alugar um imóvel ao invés de comprá-lo, sobretudo no começo da vida a dois.

Vivemos numa cultura onde as primeiras grandes conquistas são a compra de um carro e a compra da casa própria. Além de serem dois bens destruidores de riqueza (ler o artigo “O que é ser rico para você?“), podem trazer grandes problemas quando comprados sem planejamento ou na hora errada.

No caso do imóvel (tema desse tópico), a compra desse bem por volta dos 30 anos traz dois problemas. Em primeiro lugar, se o jovem for casado, vai comprar um imóvel maior que suas necessidades atuais. Como sua renda ainda não é muito alta, será necessário financiá-lo por um prazo longo. Ou seja, o imóvel terá que ser adequado para suprir as necessidades do casal durante um bom tempo, inclusive quando os filhos vierem.

Em segundo lugar, ao comprometer boa parte de sua renda com um financiamento longo, o jovem sem filhos deixa de poupar para a aposentadoria justamente na época em sua capacidade de poupança é maior. Além disso, ele perde a mobilidade e a liberdade de buscar um emprego do outro lado da cidade, em outro estado ou mesmo em outro país.

Conclusão

Optar por planos conservadores quando você tem o tempo a seu favor ou tomar decisões que comprometem sua renda por prazos muito longos (financiamento de automóvel ou imóvel) podem atrasar ou até comprometer seu planejamento para aposentadoria.

Geralmente essas atitudes são tomadas por pessoas que não possuem educação financeira e/ou encaram a poupança como sacrifício e privação da felicidade (outra dica citada na matéria). Isso é outro ponto já bastante abordado no Quero Ficar Rico, como no artigo “Viver ou juntar dinheiro? Escolho os dois!“.

Todas as decisões tomadas (não apenas as financeiras!) devem ser muito bem planejadas e as consequências levadas em consideração. Ao adquirir um bem através de um financiamento, a renda (e consequentemente a capacidade de poupança) ficará comprometida por muito tempo, o que pode prejudicar diversos planos, caso esse gasto não esteja nos planos.

Faça seu planejamento com equilíbrio e siga-o com bastante disciplina.

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