A resposta para a pergunta “devo comprar ou vender ações?” é mais comum e correta: depende. Para os investidores de curto prazo, longo prazo, e com investimentos comprometidos, existe uma resposta para cada um deles.
Se você for um investidor de curto prazo, a primeira recomendação seria comprar ações de primeira linha [10 ações mais negociadas na Bovespa]. Por conta da liquidez, elas tendem a sofrer menos com as oscilações do mercado do que as ações de segunda linha, que estão com preços excelentes, mas são recomendadas para o médio prazo. Outra recomendação para os investidores de curto prazo seriam as opções. Se você acredita que o mercado retomará a tendência de alta, opções de compra seriam o ideal. Caso contrário, opções de venda. A grande sacada das opções é que você controla as perdas [se errar, perderia apenas o valor de compra das opções] e maximiza os ganhos.
Já se você for um investidor de longo prazo, a recomendação é não vender. Além disso, [pasmem!] torça para cair e continue comprando. Como a recuperação não deve vir tão rapidamente, estamos atravessando, segundo Halfeld, uma raríssima oportunidade que o mercado nos oferece e é bom estarmos preparados para aproveitá-la. Com compras programadas, você baixaria o preço médio das suas ações e isso traria ótimo resultado no futuro.
Porém, no caso de investidores que possuem dívidas ou compromissos até o final do ano com o dinheiro que está aplicado na bolsa, a recomendação é de venda. Em duas ou três parcelas, para não arriscar vender tudo no pior momento. Apesar das perspectivas de recuperação, é bom lembrar que a dívida é certa, mas o resultado na bolsa é incerto.
Halfeld termina o programa falando que acredita no empenho do governo norte-americano em sanar essa crise atual, impedindo assim uma nova recessão. O fato é que as medidas tomadas até agora demonstram exatamente isso.
Como eu comentei anteriormente, acredito que, apesar das incertezas e da volatilidade, atravessamos um momento bem interessante, sobretudo para os investidores de longo prazo, pois as empresas brasileiras continuam sólidas e nossa economia também. Como o próprio Halfeld disse, “preparem-se para aproveitar essa rara oportunidade”.