Dicionário das taxas: entenda o significado de cada uma delas

O mundo das finanças e dos investimentos é recheado de termos técnicos, siglas e jargões de mercado que boa parte das pessoas não entendem. Liquidez, SELIC, CDI, CDB, LFT e títulos públicos são apenas alguns exemplos. Não é à toa que sempre me preocupe em escrever artigos eliminando esses termos ou, ao menos, explicando-os através da definição e de exemplos.

Ainda assim, vez por outra, recebemos e-mails e comentários questionando o significado de certos termos ou siglas. Um deles, vindo do leitor Helison, sugeriu que explicássemos o significado das várias taxas existentes no mercado. Realmente são muitas as taxas existentes. Taxa de corretagem, custódia, emolumentos, administração, performance… Enfim, o propósito desse artigo é explicar cada uma dessas taxas.

Taxa de administração

Geralmente cobrada em fundos de investimento, tanto em renda fixa quanto variável, e existe para remunerar o gestor do fundo por investir e administrar o seu dinheiro, sem que você precise se preocupar onde investi-lo. Para mais detalhes, leia o artigo sobre os fundos com as menores taxas de administração.

Taxa de performance

Também cobrada em fundos de investimento, existente para remunerar o gestor sempre que ele superar uma meta pré-estabelecida. Alguns exemplos dessa taxa são em fundos de ações (percentual sobre o que ultrapassar o Ibovespa) ou fundos DI (quando ultrapassam o CDI). Geralmente ficam entre 20% e 25% sobre o rendimento que superar a meta.

Taxa de manutenção de conta

Geralmente cobrada em bancos, também com o nome de taxa de serviços, para manter o seu dinheiro numa conta corrente e com os benefícios oferecidos pelo banco (saque, extratos, internet banking, entre outros). Não é comum (na verdade, nem conheço) ser cobrada por corretoras de valores.

Taxa de corretagem

Taxa cobrada pela corretora para efetuar a operação de compra ou venda de ações. Pode ser um valor fixo (entre 5 e 20 reais) ou variável (percentual sobre a operação). Para mais detalhes, leia o artigo “Melhores corretoras 2010“, onde falo sobre a relação custo-benefício.

Taxa de custódia

É cobrada periodicamente pelas corretoras pelo simples fato de manter os títulos públicos ou ações, de um determinado investidor. Esta taxa pode ser um valor fixo, ou um percentual sobre o valor dos papéis guardados. Independente de realizar novas operações, você pagará essa taxa caso tenha títulos ou ações sob custódia da corretora. Existem corretoras que não cobram essa taxa.

Taxa da corretora para aquisição do Tesouro Direto

Algumas corretoras cobram um valor percentual sobre operações de compra de títulos públicos, através do Tesouro Direto. Geralmente ficam abaixo de 1% ao ano e existem corretoras que não cobram essa taxa, com a Banif, Socopa e Spinelli.

Taxa de liquidação e taxa de negociação

São taxas cobradas pela Bovespa sobre operações de compra e venda de títulos e ações. Possuem valores muito baixos, mas que são sempre cobrados, independente de corretoras. Custam, respectivamente, 0,006% e 0,0285%.

Ficou com alguma dúvida? Ainda existe alguma taxa que você não sabe o significado? Conhece outra que não foi citada? Deixe um comentário com sua dúvida ou complementando o artigo!

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