A Bovespa tem investido pesado para alcançar a incrível marca de 5 milhões de investidores em 2015. Para tanto, ela contratou Pelé como garoto-propaganda (assista ao ótimo comercial com ele) para divulgar a campanha “Quer ser $ócio?“, dentre outras iniciativas.
O site da campanha é extremamente bem elaborado e cheio de ferramentas que podem lhe auxiliar a tomar a decisão de investir em ações. Através dessas ferramentas, é possível descobrir seu perfil de investidor (iniciante, conservador, sem dinheiro, ocupado…) e também conhecer os riscos de investir nesse mercado.
Entretanto, o objetivo desse artigo é mostrar os 6 passos para investir na bolsa de valores, ressaltando os pontos mais importantes e recomendando leituras para se aprofundar em cada um desses passos.
Passo 1: Defina um objetivo
Esse primeiro passo vale não apenas para investimentos em ações mas também para iniciar qualquer atividade na sua vida. Definir objetivos é importante para saber o que você quer alcançar. Existe um ditado que diz: “se você não sabe para onde ir, qualquer lugar serve”. Por isso, é necessário saber onde você quer chegar, para saber se está indo pelo caminho certo.
Uma boa dica é dar nomes para o seu investimento, tais como “meu apartamento”, “meu carro novo”, “a viagem que sempre planejei”, “minha aposentadoria”, “os estudos do meu filho”; escolha algo significativo para você. Deixar esses objetivos bem separados é importante para não prejudicar o alcance deles.
Sugestão de leitura:
Passo 2: Formas de investir
Independente do seu grau de conhecimento e possibilidade de dedicação ao mercado, certamente haverá uma forma de investir que se adeque a você. Já discutimos várias formas aqui no blog, mas vou apresentar sucintamente as principais formas de se investir.
- Compra direta de ações: Você escolhe as ações que deseja comprar e transmite a ordem para a corretora. Comprar ações significa ter “pedaços” de uma empresa e se tornar sócio dela.
- Fundos de índices (ETFs): São fundos que buscam obter o retorno de índices, que representam os desempenhos de determinados setores de mercado, com cotas que você compra na Bolsa.
- Clubes de investimento: Clubes são grupos de pessoas que se unem para investir. Ganhos e perdas são divididos proporcionalmente entre os membros de acordo com o quanto investiram.
- Fundos de investimento em ações: O investidor de um fundo de investimento compra cotas de um fundo de ações, administrado por uma Corretora ou um Banco.
Leituras recomendadas:
- 5 premissas para montar sua própria carteira de ações
- O que é um fundo de índice (ETF)?
- O que são fundos de investimento?
Passo 3: Encontre a melhor corretora para você
Antes de qualquer coisa, é importante saber o que você deve esperar das corretoras. A corretora, entre outras coisas:
- Ajuda você a escolher as ações, de acordo com o seu objetivo financeiro;
- Dá o suporte necessário para entender o funcionamento da Bolsa;
- Define com você o seu perfil de investidor;
- Fornece serviços facilitadores como o home broker (investimento via Internet), relatórios de recomendação de ações, informativos, etc.;
- Assessoria constante de especialistas que estão sempre atentos ao mercado;
- Avisa sobre novos produtos no mercado, garantindo a diversificação da seus investimentos;
- Informa sobre o recebimento de dividendos e outros bônus que as empresas pagam aos acionistas.
Leitura recomendada:
Passo 4: Abra sua conta
Após a difícil etapa de escolher a corretora que melhor atende às suas necessidades, contratar a corretora escolhida é tarefa muito mais simples. Para tanto, você deve fazer um cadastro (semelhante à abertura de uma conta em um banco) e entregar alguns documentos:
- Preencher a Ficha Cadastral
- Assinar o Termo de Adesão e Contrato de intermediação
- Enviar cópia do CPF, RG e Comprovante de Residência
Passo 5: Conheça as taxas
Esse é outro ponto bastante trabalhado aqui no Quero Ficar Rico, pois pode determinar o fracasso do seu investimento, caso opte por corretoras que cobrem taxas abusivas.
As duas principais são: taxa de corretagem e taxa de custódia. A primeira é o valor cobrado pelas corretoras pelo acesso ao mercado. Dependendo da corretora, pode ser uma porcentagem da operação realizada ou um valor fixo.
Já a segunda é o valor mensal cobrado pela guarda das ações pela Bolsa e pelos serviços oferecidos pela Corretora. Ele varia entre corretoras, dependendo das ferramentas disponíveis.
Leitura recomendada:
Passo 6: Escolha suas ações
Se você chegou nessa etapa, parabéns! Definir objetivos, estudar as formas de investir e escolher a melhor corretora para você não são tarefas fáceis. Ainda assim há uma última tarefa, que é escolher as ações que comporão sua carteira. Existem algumas dicas que podem lhe ajudar a tomar essa decisão, tais como:
- Sempre converse com sua corretora: As corretoras contam com especialistas que acompanham e analisam as empresas e o momento de mercado.
- Una seu lado consumidor ao investidor: Isso significa dar preferência para as ações das empresas das quais você consome produtos ou serviços.
- Aprenda o máximo sobre as empresas: Antes de investir em uma empresa, é importante conhecer suas estratégias, perspectivas de crescimento e comportamento do setor no qual ela atua.
- Ainda indeciso? Comece com ETFs: Os ETFs – fundos de ações baseados em índices – tem seus desempenhos ligados a grupos de ações, escolhidas segundo características comuns ou setores de mercado.
Leituras recomendadas:
- Vale a pena seguir a carteira recomendada das corretoras?
- Investir como foco em ganho de capital ou fluxo de caixa?
- Porque não investir na Vale e na Petrobras
O que está esperando para começar a investir em ações?
Além de todas essas informações, onde boa parte delas foram retiradas do site da própria Bovespa, há ainda uma infinidade de livros, fóruns e blogs que tratam do assunto.
Se você ainda tem alguma dúvida para tirar antes de começar ou se já investe, mas quer saber mais alguma coisa, não hesite em deixar um comentário e compartilhar conosco seu questionamento!