Pague as dívidas
Os especialistas em finanças pessoais são unânimes: para quem está endividado, a melhor destinação deste dinheiro é pagar as dívidas. Mesmo que não seja possível quitar todas elas, escolha primeiro as mais caras, como as do cheque especial, de financeiras e dos créditos rotativos de cartões de loja e de crédito.
Lembre-se das despesas de janeiro
Se não tiver dívidas para pagar, ou se sobrou algum dinheiro, antes de sair gastando, é bom lembrar que depois de dezembro vem janeiro, o mês dos “Is”, na bem-humorada concepção do professor de Finanças Fabio Gallo. “Janeiro é o mês dos Impostos: IPTU e IPVA, de escola (material escolar e uniformes) e do ihhh, não tenho mais dinheiro…”
Segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), estudos mostram que o salário de janeiro tradicionalmente só consegue pagar metade das despesas do mês. Motivo pelo qual, se a pessoa não quiser começar o ano endividada, ela deve ser previdente e reservar uma parcela do 13º para estas despesas extras.
Adiante prestações
Ainda assim sobrou dinheiro? Então veja se não tem nenhuma prestação pela qual está pagando juros. Se tiver, uma boa providência será adiantar o pagamento destas parcelas, porque, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, neste caso o consumidor terá direito à redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
“Normalmente nenhuma aplicação financeira consegue ser maior do que os juros de uma dívida, por isso a pessoa deve preferir quitar dívidas a fazer aplicações que rendam menos“, ensina Ribeiro de Oliveira.
Faça um pé-de-meia
E se, para você, o céu estiver de Brigadeiro – nenhuma dívida e dinheiro sobrando -, não será a hora de começar um pé-de-meia? Segundo Louis Frankenberg, do Instituto Brasileiro de Certificação dos Planejadores Financeiros (IBCPF), 85% de brasileiros não têm nenhuma reserva financeira.
“Mesmo que seja pouco, é importante que a pessoa guarde uma parte do seu salário, para que não comprometa seu patrimônio em um momento de necessidade.”
Para quem vai usar o 13º para começar uma poupança com até R$ 5 mil, é melhor procurar a caderneta a fim fugir das altas taxas cobradas de quem tem pouco capital. Para quantias maiores, já começa a valer a pena pesquisar fundos de investimento que cobrem taxas de administração até 2,5% ao ano.
Mas não deixe de reservar também um pouco do seu 13º salário para as alegrias da vida. Afinal, com as contas em ordem, dá para comemorar muito mais, não é mesmo?