Como Viver de Renda na Aposentadoria
Você acha que tempo é dinheiro?
Na primeira vez que ouvi a frase “tempo é dinheiro”, ainda adolescente, confesso que não entendi muito bem o significado.
Afinal, eu tinha muito tempo livre e aquilo não se transformava em dinheiro para mim.
Depois, quando descobri como utilizar meu tempo de uma forma mais inteligente, passei a entender o significado deste ditado.
Agora, no entanto, acho que compreendi de uma forma muito mais abrangente o valor do tempo e posso afirmar que tempo não é dinheiro.
Tempo é muito mais valioso que dinheiro.
Vou explicar, a partir de agora, meu ponto de vista.
Entendendo o Mito “Tempo é Dinheiro”
Certa vez, li a seguinte frase de Neil Fiore, um grande especialista em produtividade pessoal:
“Existe um mito que tempo é dinheiro. Na verdade, tempo é muito mais precioso que dinheiro. É um recurso não-renovável. Uma vez gasto, e se você gastá-lo mal, ele se vai para sempre.”
Esta citação é fantástica e traduz muito bem a diferença entre tempo e dinheiro.
Em outras palavras, tempo mal gasto é desperdiçado para sempre.
Posso afirmar com segurança que a maior parte das pessoas é “profissional” em desperdiçar tempo.
E não entenda desperdício de tempo apenas aquele momento que você passa deitado no sofá assistindo TV ou “pensando na vida”. Em alguns casos, isso até pode ser produtivo.
O desperdício de tempo também está relacionado com graduações que não gostamos, trabalhos que não nos motivam, esforços que não são recompensados… enfim, vai muito além do ócio.
Certa vez escrevi que a verdadeira riqueza é formada por três pilares: relacionamentos, saúde e liberdade.
E todas as vezes que não usamos nosso tempo para desenvolver um destes pilares, é muito provável que estamos desperdiçando-o.
Até recomendo a leitura deste artigo se você quiser saber mais sobre os pilares da verdadeira riqueza.
A grande motivação para alcançar a liberdade, sobretudo a liberdade financeira, é justamente poder dedicar seu tempo apenas ao que realmente importa em sua vida.
Por isso, é tão difícil, para mim, entender por que as pessoas se endividam, gastam seu dinheiro em coisas e não em experiências, não aprendem a investir… enfim, não buscam a independência financeira.
Às vezes, até mesmo pessoas com alta renda usam muito mal o tempo. Elas sempre priorizam o dinheiro, deixando de lado a saúde e seus relacionamentos, e, não raras vezes, são infelizes.
Formas de Fazer Dinheiro
Existem basicamente três formas de fazer dinheiro:
- Trocar apenas seu tempo por dinheiro (empregos formais ou autônomos);
- Trabalhar com algo que realmente lhe dá prazer e ser remunerado por isso;
- Colocar o dinheiro para trabalhar para você.
No primeiro caso, está qualquer tipo de emprego formal ou trabalho onde você é (bem ou mal) remunerado, mas não tem prazer no que faz. Trabalha apenas porque é necessário colocar dinheiro dentro de casa.
No segundo caso, estão aquelas pessoas que trabalham realmente no que amam, se divertem enquanto trabalham e desempenham suas tarefas com o objetivo de fazer seu melhor. Não é com o objetivo de ganhar dinheiro. O dinheiro, aqui, é uma consequência.
E, coincidência ou não, geralmente são pessoas com remuneração acima da média.
No último caso, estão as pessoas que não usam seu tempo para fazer dinheiro. Elas simplesmente aprenderam a investir seu dinheiro em aplicações financeiras, imóveis ou negócios próprios, de modo que mesmo se estiverem dormindo ou viajando, o dinheiro continua entrando em suas contas.
Sei que muitas pessoas – pensam que – estão no primeiro grupo por falta de opção. Por necessidade.
E até aceito isso, quando estas fazem algo em paralelo para tentar mudar esse cenário. Nem precisa largar tudo imediatamente para “fazer o que ama”. Mas ter um projeto para, num futuro próximo, mudar de vida.
Além de migrar para um trabalho mais prazeroso, você também precisa adquirir bons ativos para você.
Quem já leu o livro Pai Rico, Pai Pobre, sabe do que estou falando.
Caso você ainda não tenha lido e não saiba o que são bons ativos financeiros, explico rapidamente.
Quando compramos um bem que gera predominantemente receita, chamamos este bem de ativo. Quando compramos um bem que gera predominantemente despesa, trata-se de um passivo.
Ao comprar um carro ou apartamento para morar, passamos a ter bens que geram despesas para nosso orçamento.
No entanto, quando compramos um apartamento para alugar ou investimos numa aplicação financeira, aumentamos nosso patrimônio com ativos que geram receitas para nosso orçamento.
Por essa razão, precisamos investir nosso tempo num trabalho prazeroso e nosso dinheiro em ativos que geram mais dinheiro.
Pense comigo: o dia tem 24 horas e teoricamente temos que dormir por oito horas. Sobram, então, 16 horas. A maioria dos empregos consome 8 horas por dia + 2 horas de almoço + 1 hora para ir e voltar do trabalho (sendo bem econômico, pois grandes cidades possuem trânsitos insuportáveis). Sobram, agora, apenas 5 horas para você cuidar da sua saúde e dos seus relacionamentos.
Se temos que trabalhar durante toda uma vida, faz sentido ter apenas cinco horas por dia para nos dedicarmos àquilo que realmente importa em nossas vidas?
Não é muito mais inteligente escolher um trabalho que seja prazeroso e, ao mesmo tempo, adquirir ativos que gerem renda e coloquem o dinheiro para trabalhar por nós?
Conclusão
Este não é um artigo para você “trabalhar apenas no que ama” e “investir o máximo que puder”. Não é isso.
Não há problema algum em trabalhar com algo que você não goste tanto ou que tome 12 horas por dia, 7 dias por semana, contanto que exista um objetivo maior por trás disso. E não apenas uma simples relação de troca de tempo por dinheiro.
Da mesma forma, também não há qualquer problema em gastar parte do seu dinheiro com coisas que lhe dão prazer ou até comprar bens que gerem predominantemente despesas, como um automóvel. Se tudo isso couber no seu orçamento e ainda sobrar uma parte para investir, está tudo bem também.
A principal mensagem que eu quero deixar com este texto é que você deve buscar sempre melhorar sua qualidade de vida, usando seu tempo da melhor forma possível.
Ao acumular patrimônio que gera renda para você, isso faz com que sua receita mensal dependa menos da sua força de trabalho, proporcionando um melhor aproveitamento do seu tempo, seja para trabalhar em algo que gosta ou para cuidar dos demais pilares da riqueza.
Além disso, eu acredito que sua renda está muito mais relacionada com a quantidade de pessoas que você consegue ajudar do que com a quantidade de horas que você trabalha.
Lembre-se: tempo é seu maior bem. Não troque apenas seu tempo por dinheiro. Afinal, você pode vendê-lo, mas nunca comprá-lo de volta.
Dedique-se aos seus relacionamentos.
Cuide da sua saúde.
Busque sua liberdade financeira.
Por fim, mas não menos importante, invista em conhecimento. Afinal, conhecimento é liberdade.
O que fazer agora
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