No artigo que falei sobre “10 erros sobre planejamento financeiro“, a leitora Rosana pediu mais explicações sobre três erros que não ficaram muito claros para ela. Como a dúvida dela pode ser a de outras pessoas, achei interessante explicar cada um. Por sinal, vale a pena ler o artigo sobre os erros, para conhecê-los.
O primeiro ponto é explicar o que, de fato, é planejamento financeiro, para aí sim diferenciá-lo dos outros conceitos. Como falei no artigo acima citado, planejamento financeiro aborda a programação do seu orçamento, a racionalização dos gastos e a otimização de seus investimentos. É um processo racional de administrar sua renda, seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar realidade seus sonhos, desejos e objetivos. Vamos agora às três explicações.
Confundir Planejamento Financeiro com Investimentos
Aprendido o conceito de planejamento financeiro, fica fácil diferenciá-lo de investimentos. Na verdade, investimentos são apenas uma parte do planejamento, e a parte final, diga-se de passagem. Antes de começar a investir, você deve primeiramente elaborar um orçamento dentro das suas possibilidades, segui-lo a risca e controlar seus gastos. Apenas com isso feito, dívidas pagas e com dinheiro sobrando é que é hora de começar a investir. Sempre priorize o pagamento das dívidas, pois os juros cobrados por elas são bem maiores que o retorno de grande parte dos investimentos.
Pensar que Planejamento Financeiro é a mesma coisa que planejamento para aposentadoria
Também pela definição, isso fica claro. Planejamento para a aposentadoria é uma categoria dentro de investimentos a longo prazo. Portanto, faz parte do planejamento financeiro, mas não é sinônimo.
Pensar que Planejamento Financeiro é Planejamento Tributário
O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. Esse conceito se aplica mais a empresas e também está contigo no planejamento financeiro, quando você se planeja para gastar menos. Mas, como eu falei, é apenas uma parte, e não a mesma coisa.