O SUCESSO DA BOVESPA HOLDING

Falávamos de IPO por esses dias, mais ou menos quando a CVM anunciou a aprovação da negociação das ações da empresa “Bovespa” na própria Bovespa… complicado? Nem tanto. A Bovespa era uma associação sem fins lucrativos que decidiu abrir 41% do seu capital e virar uma S/A COM fins lucrativos. A empresa chega ao mercado valendo mais de R$ 16,2 bilhões, superando o valor de mercado da Embraer, Aracruz, Klabin e Gol.

Novidade mesmo, só aqui no Brasil, porque esta já é uma tendência mundial das Bolsas há alguns anos. A Chicago Mercantile Exchange (CME), foi a primeira a se desmutualizar há sete anos, em 13 de novembro de 2000. A Nasdaq e a Bolsa de Nova York, as Bolsas de Londres, de Hong Kong, da Austrália, da Suécia e de Toronto, entre outras, seguiram o mesmo caminho.
*UOL Economia

Naquela ocasião em que falávamos sobre IPO, dissemos que “um IPO tende a ser lucrativo em curtíssimo prazo, dependendo da empresa“. Este foi um ótimo exemplo – o melhor da história – no Brasil. As ações da Bovespa foram estimadas inicialmente em R$15,50 e, no momento da abertura, tiveram que ser vendidas a R$23,00 – o máximo que podia.

Na sexta-feira passada – seu primeiro dia de operações – fechou valendo R$34,71 – um rendimento de 52% em um único dia e ainda ajudou o iBovespa a quebrar o quadragésimo recorde no ano. Sozinha, a ação respondeu por metade de todo o volume financeiro do dia.

Mas não foi qualquer um que pôde reservar as ações da Bovespa para o lançamento. Por causa da grande demanda, foi criado um filtro para evitar Flippers e apenas as pessoas com bom histórico de investimentos levaram (será que isso vai virar moda?).

Flipper: investidor especializado em comprar ações no seu IPO e vender rapidamente, adquirindo altos rendimentos através de especulação financeira, e podem ocasionar baixa no preço das ações nos seus primeiros momentos.

O que isso muda de fato para os investidores?
Aparentemente nada além do fato de ter ainda mais informações disponíveis. A principal fonte de receita da Holding são as taxas de emolumentos, mas elas não devem sofrer aumentos. A estratégia é outra, e está voltada para os seguintes pontos:

  • Ampliar o número de empresas de capital aberto nacionais e estrangeiros;
  • Ampliar o número de investidores individuais e estrangeiros;
  • Buscar a diversificação das receitas, gerando novos produtos, comercializando informações e licenciando softwares;
  • Ampliar atuação no território nacional;
  • Racionalizar os custos e maximizar a alavancagem operacional.

Olhos agora na BM&F, que será a próxima!

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