MAIOR INVESTIDOR ESTRANGEIRO DA BOLSA


A reportagem Ele vai dobrar a aposta (07/02) da revista Exame fala sobre o maior investidor estrangeiro na Bovespa, que promete continuar investindo no país. Ele gere 47 bilhões de dólares aplicados em ações de países emergentes — dos quais 10 bilhões de dólares estão no Brasil. Ele é diretor da Franklin Templeton, maior fundo estrangeiro na Bovespa. Abaixo um trecho da reportagem:

O americano Mark Mobius, de 71 anos, é o maior investidor estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo. Como diretor da gestora de recursos Franklin Templeton, com sede na Califórnia, Mobius responde pelos 10 bilhões de dólares que a empresa tem investidos no Brasil, sem falar nos 37 bilhões espalhados por outros países emergentes. Apesar das perdas acumuladas pela bolsa brasileira nas últimas semanas, ele garante que permanece zen. Mais do que isso: diz que o Brasil, assim como outras economias emergentes, funciona hoje como uma espécie de âncora nas crises mundiais e que, diante disso, só lhe resta aumentar suas apostas aqui. Não deixa de ser um alento que alguém com 10 bilhões de dólares para arriscar — e que no passado levou tombos doloridos com economias emergentes — pareça tão confiante em meio à turbulência. Às vésperas do Carnaval, Mobius foi para a Bahia, mas, ao contrário da maioria dos turistas, que correu atrás dos trios elétricos, tinha pela frente uma pesada agenda de trabalho. Seguiu com ele um grupo de 35 analistas da Templeton para avaliar os investimentos no país e traçar perspectivas para os próximos meses. “Hoje, nações emergentes como o Brasil são um porto seguro para os investidores em meio à crise dos Estados Unidos”, disse Mobius a EXAME.

Mobius é apenas mais um que acredita no bom desempenho do mercado brasileiro. Isso é um bom sinal. Outro fator interessante são as declarações dele, bem alinhadas com os grandes investidores de longo prazo, como Buffett e Soros. Vejam algumas:

“Sou um investidor de longo prazo, que compra companhias com bons fundamentos — e isso não mudou com a crise.”

“A conclusão é a seguinte: ninguém sabe quando haverá um novo bull market [intervalos de fortes altas] ou um bear market [períodos de fortes perdas]. Mas essas bolsas dão mais lucro do que prejuízo. Por isso, o melhor momento para investir é quando se tem dinheiro. (…) Além disso, a situação dos mercados emergentes, hoje, é bem mais estável que no passado — esses países estão sendo encarados como uma rede de segurança por muitos investidores.”

Sugestão do leitor Fábio Guerra.

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