ELABORE SEU ORÇAMENTO

Vocês leram no artigo passado sobre a importância de definir objetivos financeiros. Como disse anteriormente, a definição desses objetivos é o primeiro passo do planejamento financeiro. Feito isso, exploraremos neste artigo o segundo passo: elaboração do orçamento.

Orçamentos são um mal necessário. Eles são o caminho mais prático (e simples) de conter seus gastos e ter certeza de que seu dinheiro está sendo usado conforme você mesmo planejou. A elaboração do orçamento geralmente é feita em três passos:

  • Identifique como você está gastando seu dinheiro atualmente;
  • Avalie seus gastos atuais e defina metas de despesas que levem em conta seus objetivos financeiros de longo prazo;
  • Acompanhe de perto suas futuras despesas para assegurar que estejam dentro do planejado.

Ganhe tempo utilizando uma planilha eletrônica ou software

Outro ponto importante é utilizar uma planilha eletrônica ou, de preferência, um software específico para poupar trabalho. Planilhas já vêm com fórmulas e somatórios pré-definidos, facilitando a consolidação do seu orçamento.

Temos, na seção de Downloads do blog, uma opção para quem optar por utilizar planilhas. Já softwares de finanças pessoais, tais como o Quicken ou Microsoft Money, vão além. Eles possuem ferramentas que praticamente automatizam a criação do orçamento para você.

Acompanhe seus gastos, mas sem exageros

Entretanto, tenha cuidado para não “enlouquecer” ao acompanhar seus gastos. Uma desvantagem de monitorar suas despesas pelo computador é que isso encoraja a estar exageradamente atento aos detalhes.

Uma vez definida quais as categorias de despesa que podem e devem ser cortadas (ou expandidas), concentre-se nessas categorias prioritárias e não se preocupe tanto com os demais aspectos dos seus gastos. Isso não significa que é para esquecê-los.

Dinheiro na mão NÃO é vendaval

Tome cuidado como o sumiço do dinheiro. Se os saques de caixas eletrônicos evaporam do seu bolso sem explicação aparente, é hora de registrar melhor suas despesas. Se dinheiro na mão é vendaval, é importante saber para onde esse “vento” está levando sua grana.

Se você notar que está fazendo mais saques do que devia (indo ao caixa eletrônico mais de uma vez por semana, por exemplo), fique atento. Muitas vezes, os pequenos gastos com cafezinho, lanches no meio da tarde ou sorvete no shopping se transformam em valores consideráveis no final do mês, quando somados.

Não gaste demais

Saiba também que gastar além dos limites é muito perigoso. Mas, caso você esteja nessa situação, fique certo que tem muita gente nela também. Estima-se que mais da metade (52%) da população economicamente ativa do país têm dívidas no cheque especial, cartão de crédito ou financeiras.

Apesar disso não significar necessariamente que você vai “quebrar”, é um forte sinal de que você precisa efetuar urgentemente cortes nas suas despesas.

Supérfluo ou realmente necessário?

Esteja ciente das coisas supérfluas travestidas como necessárias. É importante saber diferenciar o que é luxo e o que realmente é necessário, pois se sua renda não cobre seus gastos, provavelmente algumas despesas são supérfluas, mesmo que você as considere como necessárias.

Pague o dízimo… para você mesmo!

Outra dica importante é pagar o dízimo para você mesmo. Não gaste mais que 90% da sua renda. Poupe no mínimo 10% de tudo que você ganha para realizar seus objetivos financeiros.

Não conte com a sorte ou com incertezas

Quando projetar o montante de dinheiro necessário para manter seu padrão de vida, não inclua promessas de aumento ou ganhos em investimentos de alto risco, pois eles não são garantidos.

Receber aumento significa mais dinheiro para investir!

A última dica, porém não menos importante, é quanto ao aumento de renda. Não comece a gastar simplesmente porque recebeu um aumento de salário, herança ou um ótimo retorno dos seus investimentos. É bem melhor utilizar esses aumentos como uma desculpa para poupar mais.

Quem consegue manter o mesmo padrão de vida mesmo quando recebe um aumento, certamente estará muito mais perto de alcançar os objetivos financeiros estabelecidos.

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