Estava lendo a revista Exame (Proteja-se na tempestade, 29 de agosto) e vi uma matéria que onde várias perguntas eram respondidas a respeito da tormenta que passou pelo mercado mundial nos últimos dias. Entre elas, uma que muitas pessoas devem ter feito – ou ainda estão fazendo – recentemente: É hora de sair da bolsa?
Quem vai precisar de dinheiro aplicado em ações nos próximos seis meses – para saldar uma dívida ou comprar um bem, por exemplo – deve sair. Ainda assim, os recursos não precisam ser sacados de uma só vez. Parcelando os resgates, o investidor tem alguma chance de vender suas ações num momento de alta e, assim, diminuir um pouco seu prejuízo. Os demais investidores, que não têm compromissos financeiros urgentes, devem permanecer na bolsa.
Os especialistas são unânimes ao afirmar que aplicar em ação continua sendo uma boa alternativa. Os principais fatores que favorecem o mercado não mudaram: os fundamentos da economia brasileira continuam sólidos, as empresas estão lucrativas e a tendência de queda dos juros permanece. Mais do que nunca, porém, o horizonte da aplicação deve ser de longo prazo, isto é, superior a 12 meses, pois ainda não se sabe qual é a real extensão da crise no mercado imobiliário americano nem quais podem ser seus efeitos sobre a economia global.
Portanto, quem estiver fora, aguarde um pouco até que essa tormenta passe ou, pelo menos, estabilize novamente; que estiver dentro sem compromissos a curto prazo, permaneça mas esteja atento ao andamento dessa crise; e quem estiver contando com esse dinheiro investido para necessidades a curto prazo, é não confiar muito no momento atual, pois aparentemente o problema não não será resolvido tão rapidamente quanto se pensa. Nesse caso, é melhor se resguardar.