Existe um ditado muito comum que diz o seguinte: “Dinheiro não compra felicidade.”
Será mesmo?
Após refletir bastante, cheguei à conclusão que o dinheiro compra, sim, a felicidade.
Não o dinheiro por si só, mas o bom uso dele.
Você vai entender o meu ponto de vista a partir de agora.
Dinheiro (usado da forma errada) não compra felicidade
Não há dúvidas que existem muitos milionários ou pessoas muito bem remuneradas que são infelizes.
Mas isso tem a ver com o fato de possuírem muito dinheiro?
Definitivamente não.
Essa infelicidade tem a ver com a liberdade (na verdade, a falta dela).
O dinheiro domina essas pessoas, e não o contrário.
Uma pessoa bem remunerada e viciada em trabalho (workaholic) que não tem tempo para cuidar da saúde ou nunca está em casa para fortalecer o relacionamento com seu cônjuge e seus filhos provavelmente é menos feliz que um pobre pescador que gasta metade do dia pescando e a outra metade com sua família.
A questão da infelicidade, portanto, não é o dinheiro, mas a falta de liberdade, saúde e bons relacionamentos, que são os três elementos da verdadeira riqueza.
A liberdade é um componente tanto da riqueza quanto da felicidade.
Aqueles que vivem livres serão mais felizes.
Aqueles que possuem fortes laços com seus amigos e familiares serão mais felizes.
Aqueles que possuem boa saúde serão mais felizes.
Quando Robert Kiyosaki menciona a famosa “corrida dos ratos” no livro Pai Rico, Pai Pobre, ele tenta mostrar exatamente isto, só que com outras palavras.
O problema está no “normal”
O problema está no que a sociedade define que é o “normal” para você.
Normal é acordar todos os dias às seis da manhã, enfrentar longos engarrafamentos e trabalhar oito horas por dia, de segunda à sexta (ou mesmo todos os dias, em alguns casos).
Normal é comprar tudo no crédito, desde uma simples camisa até a casa onde você mora.
Normal é acreditar que alguma fórmula mágica, em algum momento da sua vida, o fará rico.
Normal é acreditar que um carro mais potente ou uma casa maior o fará feliz.
Você está condicionado a aceitar o “normal” baseado na definição de riqueza da sociedade, que, por sua vez, está totalmente equivocada.
A riqueza não é definida pelo que você possui.
Mas essa é a definição de riqueza da sociedade, para incentivar o consumismo como a única forma de alcançar a felicidade.
Dinheiro (usado da forma correta) compra felicidade
O dinheiro não compra felicidade quando é utilizado da forma errada.
Ao invés de utilizá-lo para comprar liberdade, as pessoas o utilizam para se manterem presas (financiamentos, bens com alto custo de manutenção, cartões de crédito…).
Quanto mais compromissos financeiros você assume, mais preso você estará a uma fonte de renda para honrá-los.
“Riqueza” e “felicidade” estão interligados, mas só se sua definição de riqueza não estiver corrompida pela psicologia do consumo.
Usado da forma correta, dinheiro compra liberdade, e liberdade é um elemento dos três pilares da riqueza.
E se você tem liberdade, você está muito mais apto a fortalecer os demais elementos da riqueza: saúde e relacionamentos.
Vejamos:
Dinheiro compra a liberdade para assistir de perto seus filhos crescerem.
Dinheiro compra a liberdade para perseguir seus sonhos mais malucos.
Dinheiro compra a liberdade para construir e fortalecer relacionamentos.
Dinheiro compra a liberdade para se exercitar (ou fazer o que quiser) quando você quiser, quantas vezes você quiser.
Agora pense comigo:
Alguns desses exemplos poderiam te fazer mais feliz?
Aposto que sim.
Uma coisa é certa: eles certamente não trariam infelicidade.
Se o dinheiro é capaz de comprar liberdade e, com essa liberdade, podemos nos dedicar ao que realmente importa, então o dinheiro pode comprar felicidade (quando bem utilizado).
Consumismo é o maior obstáculo para a felicidade
O consumismo nos condena a um estilo de vida na “prisão”.
E quanto mais você comprar coisas que não cabem no seu bolso, maior será sua “sentença”.
O consumismo está atrelado à gratificação instantânea e ao prazer imediato.
E isso vale tanto para sua saúde financeira quanto para sua saúde física.
O que você acha de comer chocolate (ou qualquer sobremesa com bastante açúcar) a qualquer momento? Ou comer aquele super combo da sua lanchonete preferida com sanduíche, batatas fritas e refrigerante?
Infelizmente, este prazer imediato (curto prazo) geralmente é um péssimo negócio para sua saúde no longo prazo.
Com isso, essa busca incessante por gratificação instantânea tem um destino comum: endividamento e obesidade.
A riqueza, assim como a saúde, não é fácil de ser obtida e ambos os caminhos possuem processos muito parecidos.
Até escrevi um artigo sobre por que dinheiro e comida são tão parecidos.
Tanto a riqueza quanto a saúde exigem disciplina, sacrifício, persistência, comprometimento e, obviamente, gratificação postergada.
Se você não tem autocontrole em relação às tentações da gratificação instantânea, dificilmente terá sucesso em enriquecer ou emagrecer.
Ambos exigem uma mudança de estilo de vida, deixando de pensar no curto prazo (gratificação instantânea) e focando no longo prazo (gratificação postergada).
Coloque isso em prática e observe resultados mais rápidos do que você imagina.
DICA: Se você, assim como eu conquistei, também quer conquistar seus maiores objetivos financeiros, recomendo que conheça o Tesouro Direto Descomplicado, curso oficial do Quero Ficar Rico sobre Tesouro Direto.
Como sempre, tenho uma pergunta para você…
O que você achou deste artigo? Concorda plenamente? Discorda totalmente? 🙂
Sei que este é um tema polêmico e que pode provocar boas discussões. Por isso queria muito saber sua opinião sobre o assunto.
Quanto mais discutirmos construtivamente, melhor será o aprendizado.
Basta deixar um comentário logo abaixo.
Até a próxima!
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