COMO TRANSPORTAR DINHEIRO PARA O EXTERIOR

Está pensando em viajar pro exterior?

Pois quando estiver arrumando a mala, lembre-se de que dependendo da quantia em dinheiro que você pretende levar, existem diversas maneiras para transportar as suas economias, algumas mais caras ou baratas, mais seguras ou arriscadas, mais simples ou complicadas.

O fato é que se você souber quais são estas maneiras, além de evitar problemas legislativos, você ainda pode economizar um bom dinheiro – e curtir ainda mais a sua viagem!

Conheça neste post as formas existentes para transportar o seu dinheiro para o exterior, e também as regras, custos e impostos envolvidos em cada tipo de operação.

Moeda em Espécie

Toda compra de moeda estrangeira envolve o pagamento de imposto correspondente a 0,38% do total envolvido na compra.

Para viagens ao exterior, os brasileiros são permitidos embarcar livremente com dinheiro vivo equivalente a até U$10.000,00 (dez mil dólares). Acima disto o viajante precisa decalarar a quantia na receita federal antes de embarcar.

Sem dúvida esta é a forma mais barata, porém – sem dúvida – é a mais arriscada. Se alguma coisa acontecer com a sua mala – especialmente roubo ou extravio – não há absolutamente nada que possa ser feito para recuperar o seu dinheiro.

Sem dúvida, o viajante deve levar algum dinheiro na mão, na moeda estrangeira, para se preparar para gastos imprevistos. No entanto, existem formas mais seguras de transportar grandes quantias.

Traveller Cheque

Esta é uma forma bastante popular, eficaz, e um pouco mais segura do que transportar moeda em espécie. O Traveller Cheque é um certificado financeiro – como um cheque comum – que pode ser trocado por dinheiro.

Os bancos normalmente oferecem gratuitamente o serviço de compra do traveller cheque, porém cobram entre 1-2% do valor total para trocá-lo de volta para espécie.

A grande vantagem desta modalidade é que em caso de perda ou roubo, você pode recuperar facilmente o seu título, desde que guarde em segurança os comprovantes de compra do cheque.

É importante lembrar que a quantia que você carrega em traveller cheque também precisa ser declarada na receita federal, caso ela supere a cota de 10 mil dólares, assim como moeda em espécie.

Ordem Bancária (Western Union)

A Western Union é uma agência de câmbio internacional que permite que ordens bancárias sejam enviadas para qualquer lugar do mundo, a partir do Banco do Brasil.

O processo é simples e muito pouco burocrático. Basta ir em alguma agência do BB que opere com a W.U. – ou na própria, dizer qual o local de destino e depositar o dinheiro no nome da pessoa que irá fazer a retirada.

Mas é lógico que como qualquer outro serviço, este também tem as suas incoveniências. Primeiro, nem todas as agências bancárias operam integrados com a W.U. Sendo assim, você tem que primeiro descobrir onde ir – o que pode ser conseguido facilmente ligando para a sua agência ou falando com o seu gerente. Em segundo lugar, por questões de segurança, só quem pode sacar a quantia enviada é o destinatário especificado, apresentando a documentação exigida (passaporte ou ID). Além disso, apenas clientes do BB podem utilizar o serviço. Por fim, o Banco central não permite que o remetente seja também o destinatário… logo, enviar dinheiro pra você mesmo não é possível.

E, logicamente, algumas taxas são envolvidas na operação. Os valores não estão disponíveis claramente na internet, mas eles são acima de 2,5% e variam de acordo com o montante a ser enviado.

Ainda por cima, a taxa de câmbio é calculada pela própria W.U; e ainda são oferecidos diversos serviços complementares (ex. alertas por telefone, serviço de reembolso, entre outros) que não são gratuitos. Fique ligado quando estiver preenchendo a ordem de pagamento.

Na internet é possível encontrar também alguns relatos de pessoas que não ficaram muito satisfeitos com o atendimento ou o serviço da W.U.

Cartão de Crédito Internacional

Sem dúvida a opção mais fácil e mais cômoda. No entanto, alguns detalhes fazem desta comodidade um pouco arriscada.

Neste caso não é necessário fazer qualquer declaração na receita, nem tampouco se preocupar com a perda do cartão – visto que as operadoras podem lhe enviar um cartão novo e bloquear o antigo em questão de minutos.

Por outro lado, sobre cada transação internacional é aplicada uma taxa de 2,38% sobre o valor utilizado, deixando as despesas um pouco maiores sem nem tampouco percebermos.

Uma outra desvantagem é que o valor do câmbio é calculado no dia do fechamento da conta do cartão. Assim, você não pode ter certeza exatamente do valor da sua conta… de acordo com a variação do câmbio, você pode ter gastado mais ou menos do que acha que gastou.

TravelMoney

É uma solução simples, econômica e segura, criado recentemente pelas operadoras de cartão de crédito.

O TravelMoney nada mais é do que um cartão de crédito “pré-pago” – ou cartão de débito, que você pode carregar com qualquer valor em moeda estrangeira (dólar ou euro).

Além da mesma comodidade do cartão de crédito internacional comum, o travel money tem a vantagem de não cobrar qualquer taxa de anuidade. Além disso, o valor do câmbio é calculado no momento em que a carga é feita – o que lhe permite saber exatamente quanto está pagando pela moeda estrangeira.

Este cartão pode ser encontrado e adquirido em casas de câmbio, nas bandeiras Visa ou Mastercard.

É importante, por fim, lembrar que para todas as operações descritas acima, os bancos e agências de câmbio exigem a sua documentação (RG e/ou CPF). Enviar dinheiro não declarado para o exterior é crime previsto por lei.

Também por lei, os brasileiros podem adquirir 15 mil dólares por ano. Acima disto, a operação precisa ser discriminada na declaração do imposto de renda.

Por isso, a forma mais inteligente de fazer a remessa legalmente é conhecendo os custos e riscos de cada uma das operações, e escolher a mais adequada para a sua situação.

No mais, carregue as pilhas da câmera fotográfica e Boa viagem!!

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