Você é o único culpado por estar endividado.
Em raríssimos casos, pode até existir fatores externos. Mas, na grande maioria, a culpa recai na impulsividade e falta de disciplina.
Sei disso porque já recebi centenas de e-mails ou lidei pessoalmente em consultorias com clientes que diziam frases do tipo:
“Exagerei com meus cartões de crédito e cheque especial.”
“Não consigo pagar minhas dívidas. Minhas despesas sempre são maiores que minha receita.”
“Sempre falta dinheiro no final do mês e não sei para onde esse dinheiro está indo.”
No entanto, tenho uma boa notícia.
Livrar-se das dívidas é mais simples do que você pensa. Basta ter disciplina (mesmo que ela seja “forçada”).
Como sair das dívidas
De uma forma sucinta, é necessário:
- Garantir sua futura prosperidade;
- Fazer com que a dívida pare de crescer;
- Ter condições de saldar todas as dívidas.
Para atingir cada um desses objetivos, tente seguir à risca essa regra. De toda sua receita:
- 10% deve ser poupado;
- 70% (no máximo) deve ser utilizado para sua manutenção;
- 20% (no mínimo) deve ser utilizado para o pagamento das dívidas.
Se você já leu o excelente livro O Homem Mais Rico da Babilônia, deve saber que essa distribuição da renda foi extraída de lá 🙂
A seguir, vou explicar cada item dessa lista.
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Poupe, mesmo estando endividado
Alguém pode perguntar: “Devo poupar mesmo estando endividado? A taxa de juros das dívidas não são maiores que a rentabilidade da poupança?”
Sim, você deve poupar mesmo nessa situação.
O valor que você “perde” na diferença entre as taxas será compensado pela disciplina adquirida em poupar mensalmente. E isso é muito valioso.
Quem já possui a disciplina de poupar determinado valor todos os meses sabe bem o que estou falando.
Há mais prazer em ver aumentar uma reserva de dinheiro supostamente excedente do que poderia haver gastando-a.
Gaste apenas 70% do que ganha
A famosa regra “gaste menos do que ganha” deve ser levada muito a sério a partir de agora.
Ao fazer isso, uma coisa é certa: sua dívida vai parar de crescer.
Para tanto, é necessário fazer um orçamento com todas as despesas realmente essenciais, anotar todos os seus gastos durante 30 dias, e compará-los com o seu orçamento.
Você saberá exatamente onde está falhando e terá a possibilidade de sanar esse problema.
Uma atitude muito sadia é parar de utilizar o cartão de crédito. O fato de parcelar uma compra não diminui o seu valor. Pior: distribui a despesa por vários meses, comprometendo todo um orçamento futuro.
O mau uso do cartão de crédito é um dos maiores vilões do seu bolso.
(Nota: existem algumas vantagens em utilizar o cartão de crédito, mas não serão discutidas neste artigo)
Negocie e pague suas dívidas
É bem provável que os 20% restantes não sejam suficientes para pagar todas as dívidas. Pode ser até que nem sejam suficientes para pagar os juros dessas dívidas.
Mas é aqui onde você deve começar a agir.
A primeira coisa a fazer é colocar todos os credores no papel, anotando quanto você deve a cada um deles.
O segundo passo é procurar cada credor para expor sua situação, mostrando o tamanho total do seu endividamento e quanto você pode pagar por mês.
Você vai se surpreender com os resultados dessas negociações.
Quando você mostra a alguém sua determinação em pagar uma dívida, vai perceber que ele está ainda mais determinado a receber o pagamento. Então é provável que ofereça bons descontos para você.
Após negociar suas dívidas com todos os credores, verifique em quanto ficou seu saldo devedor atualizado.
É aí que entra outra estratégia muito valiosa: a consolidação de dívidas.
O que é a consolidação de dívidas?
Consolidar (ou unificar) suas dívidas significa contrair um empréstimo no valor total do seu saldo devedor, quitar todas as suas dívidas e ficar apenas com esse empréstimo.
Quais as vantagens de trocar “uma dívida por outra”?
Existem pelo menos três vantagens bem importantes:
- Ter apenas uma dívida: a princípio, pode não fazer muito sentido, pois o saldo devedor é o mesmo. No entanto, você agora terá que se preocupar com apenas um pagamento mensal.
- Redução da taxa de juros: quando se tem várias dívidas, é provável que algumas delas sejam com cartões de crédito e cheque especial, que possuem taxas altíssimas. Após a consolidação, a taxa de juros do novo empréstimo é bem menor.
- Redução dos pagamentos mensais: após a consolidação, é possível negociar parcelas menores, que caibam no seu orçamento, ou seja, 20% da sua renda.
Resumindo, a consolidação permite unificar todas as suas dívidas, através de um empréstimo com taxa de juros e prestações mais baixas.
Conclusão: Recapitulando…
Onde há determinação, o caminho pode ser encontrado.
Neste artigo, mostrei que o plano para quitação das dívidas consiste em:
- Poupar 10% de tudo que ganha;
- Manter-se com, no máximo, 70% da sua receita mensal;
- Utilizar, no mínimo, 20% para o pagamento das dívidas.
Expliquei como cada uma dessas estratégias deve ser colocada em prática e a razão de cada uma delas existir.
Por fim, dei especial atenção à fase de negociação e pagamento das dívidas, enfatizando a estratégia da consolidação das dívidas.
Livrar-se das dívidas e organizar sua vida financeira não faz bem apenas para seu bolso. Melhora seus relacionamentos, sua auto-estima e até sua saúde e bem-estar.
Coloque isso em prática o quanto antes.
E se precisar de ajuda, recomendo o eBook Como Investir Dinheiro, livro eletrônico oficial do blog Quero Ficar Rico.
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Agora tenho uma pergunta para você…
Você está endividado, mas não consegue se organizar? Ainda está endividado, mas obteve progresso?
Já esteve endividado e conseguiu sair dessa situação?
Compartilhe sua experiência. Farei o possível para tentar responder todos os comentários, mas garanto que todos serão lidos com bastante atenção.
Até a próxima!
Imagem de shutterstock.com.