Eu tenho duas perguntas para testar seu conhecimento sobre o dinheiro. Vamos ver como você responde a elas:
Pergunta #1: De onde o dinheiro veio e por que ele foi criado?
Pergunta #2: Como o dinheiro e o sistema financeiro realmente funcionam?
Como você se saiu?
Você sabia as respostas?
Você se sente confortável com suas respostas?
A maioria de nós nunca aprendeu as repostas para essas perguntas. Isso significa que estamos tentando alcançar o sucesso financeiro dentro de um sistema que não conhecemos.
E agora, aqui está um pergunta ainda mais importante:
Você se sente confiante com seu conhecimento sobre o dinheiro e sobre como ele funciona? Você se sente capaz de conseguir dinheiro quando quiser, investi-lo com inteligência e acumular o suficiente para se sentir seguro e confortável… e aproveitar o estilo de vida que você deseja pelo resto de sua vida?
Se você não respondeu “SIM!” para essa pergunta, pode ficar tranquilo.
Vamos começar aprendendo sobre uma importante e poderosa descoberta sobre o dinheiro.
De onde veio o dinheiro…
Só poderemos aprender a dominar o dinheiro quando entendermos como e por que passamos a usar o dinheiro.
De volta aos primórdios da humanidade, quando todos viviam em tribos primitivas, passávamos a maior parte do tempo apenas tentando sobreviver.
“Trabalho” naquele tempo consistia praticamente em caçar e coletar comida, encontrar e construir um abrigo e permanecer vivo.
Recentemente, em nossa evolução, nós humanos inventamos certas coisas que nos deram grandes vantagens…
Alguns exemplos: como plantar nossa própria comida, como construir casas que duram dezenas ou centenas de anos, além de muitos outros modos criativos de nos proteger de “elementos” que antes ameaçavam nossas vidas.
Pela primeira vez, isso nos permitiu “dar um passo a frente no jogo” ao armazenar e controlar alimentos, ferramentas, jóias e outros bens de valor. E isso mudou tudo.
À medida que avançamos nesse jogo, poderíamos ter feito uma dessas duas coisas básicas:
- Poderíamos simplesmente “tributar” as pessoas altamente produtivas que tinham um excesso, e DAR esse “tributo” para o resto das pessoas da tribo (que então poderiam continuar sem fazer nada);
- Poderíamos, cada um de nós, aprender novas valiosas habilidades com nosso tempo livre… e aprender a criar produtos valiosos… e criar um sistema que permitisse trocar um produto (ou habilidade) pelo outro.
Nós obviamente escolhemos o caminho #2 (pelo menos a maioria de nós). Nós aprendemos novas habilidades para criar valor, e o mundo tornou-se um lugar mais rico para se viver.
No entanto, essa “troca” (também chamada de escambo) tornou-se um pouco esquisita.
Se eu tivesse um porco e três redes de pesca, e eu quisesse trocar pela sua cabra e sua lança, mas você não quisesse meu porco ou minhas redes, nós tínhamos um problema.
Nesse caso, eu teria que descobrir o que você realmente queria, então encontrar alguém que tivesse essas coisas… conversar com essa pessoa para saber se ela queria trocar isso pelo que eu tinha… então procurar você novamente e torcer para que você ainda tivesse com a lança e a cabra para efetuarmos a troca.
Muito ineficiente.
O nascimento do dinheiro
Precisávamos de algo que nos permitisse vender qualquer coisa que tivéssemos e comprar qualquer coisa que quiséssemos, sem ter que fazer negociações complexas e encontrar pessoas que quisessem exatamente o que tínhamos para vender.
Nós precisávamos de uma unidade padronizada de troca.
Algo simples, portátil e valioso.
Uma “moeda universal” que qualquer pessoa pudesse usar ou aceitar para negociar ou comprar qualquer coisa, pagar dívidas e empréstimos.
E então nós inventamos…
Dinheiro em espécie!
Originalmente, a moeda corrente era feita de itens raros ou especiais. Um tipo particular de concha que era raro e atraente. Um tipo de pedra esculpida que exigia muito trabalho para criar.
Agora, com uma moeda universal (conchas), eu poderia vender meu porco e redes em troca de conchas, e em seguida, trocar essas conchas diretamente pela cabra e pela lança que eu queria. Incrível!
Então, quando evoluímos para agricultura e produção de alimentos, começamos a usar grãos como “moeda universal”. Isto era ótimo, se não pudéssemos gastar esses grãos, poderíamos comê-los.
Eventualmente, tropeçamos em algo que muitas pessoas ainda consideram ser o dinheiro “definitivo”: OURO.
Ouro era uma ótima moeda porque era raro, fácil de transportar, não oxidava, e podia ser usado para todos os tipos de coisas (além do dinheiro), o que o tornava muito valioso.
Se você não quisesse usar seu ouro para comprar coisas, poderia fazer jóias, um preenchimento de dente, usá-lo como arte, entre outros.
Prata é outra ótima moeda, pelas mesmas razões.
Nos tempos modernos, tanto prata quanto ouro são valiosos para muitos processos importantes em nossas vidas. Eles são usados em toda parte da tecnologia, ciência, medicina, entre outros, porque eles são altamente condutores, resistem à corrosão, formam ligas fortes com outros elementos, e são atraentemente brilhantes.
Mas há outra coisa acontecendo aqui…
O dinheiro, por si só, possui um valor intrínseco. Você pode usá-lo para outras coisas além de apenas dinheiro.
Há um nome especial para isso, quando a moeda tem um valor intrínseco (e pode ser usado para várias coisas).
Chama-se “Commodity Money” (expressão em inglês, que poderia ser traduzida para moeda-mercadoria, mas a expressão commodity não tem uma boa tradução em português).
A única coisa a lembrar sobre esta “moeda-mercadoria”, mais uma vez, é que ela tem um valor intrínseco. Se você tiver grãos que ninguém quer, você pode comê-lo. Se você tiver ouro que ninguém quer, você pode fazer jóias, obturações dentárias ou até mesmo chips de computador a partir dele.
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O Dinheiro Tem um “Buraco em seu Próprio Balde”
Agora que você entende um pouco mais sobre de onde o dinheiro veio e como ele se transformou em seu formato atual, vamos falar sobre o Primeiro Segredo Obscuro do Dinheiro…
Dinheiro agora tem um buraco em seu próprio balde e, na verdade, se desvaloriza.
Espere um minuto.
Um buraco em seu próprio balde?
E se desvaloriza?
Deixe-me explicar…
Como acabamos de aprender, moedas de ouro e prata têm um “valor intrínseco”, ou seja, possuem um alto valor além de apenas moeda, e a única maneira de “inflacionar” a moeda era falsificá-la ou dilui-la ao colocar outro metal (que não fosse ouro ou prata) para criar mais moedas ou barras.
O próximo passo na evolução do dinheiro após a criação da moeda-mercadoria (commodity money) era criar algo que não fosse propriamente uma mercadoria, mas agisse como uma promessa de mercadoria.
Este passo seguinte era criar “notas de papel” que fossem lastreadas por ouro ou prata, e que pudessem ser trocadas por ouro ou prata sob demanda.
Em outras palavras, só existia uma quantidade de dinheiro que representasse a quantidade de reserva de ouro e prata do mundo. Por isso, diz-se “lastreada em ouro e prata”.
Este tipo de dinheiro é chamado “Dinheiro Representativo”, pois a nota de papel que você tinha em mãos era apenas uma representação do real valor em forma de, digamos, ouro ou prata. E você podia trocar por ouro e prata a qualquer momento que quiser.
A nota que você tinha representava ouro ou prata real e físico, que estava em um cofre em algum lugar.
O Passo que Mudou Tudo…
O passo seguinte neste processo (e bastante controverso, diga-se de passagem) foi “desconectar” as notas de papel do ouro ou da prata, perdendo assim qualquer conexão com o mundo real.
Passa-se a imprimir cédulas para usar como dinheiro, mas dessa vez sem nada “físico” para lastreá-las.
É isso mesmo. Nada para conectar as cédulas ao mundo real. Apenas um pedaço de papel com uma promessa.
Este tipo de dinheiro é chamado “Dinheiro Sem Lastro”.
O Dinheiro Sem Lastro é criado quando um governo declara que as cédulas de papel têm autorização legal para efetuar e receber pagamentos.
A expressão “sem lastro” significa que um governo pode imprimir quanto dinheiro quiser e agora papel é dinheiro.
Então o passo final foi dado quando nós fugimos do “mundo físico” e o dinheiro se tornou apenas números numa tela de computador.
Bancos literalmente criam dinheiro do nada, e o emprestam, sem ao menos esse dinheiro se tornar real, na forma de cédulas ou moedas ou ouro (ou qualquer outra coisa).
De acordo com Ray Dalio, o criador do mais bem sucedido hedge fund do mundo, os EUA possuem em torno de US$ 3 trilhões em espécie, e R$ 50 trilhões em dívidas (dinheiro emprestado que foi criado do nada).
(Pense sobre isso por um minuto…)
Assim, como você já deve saber, nosso dinheiro de papel e nossos saldos bancários que aparecem nas telas do caixa eletrônico ou computador não são mais lastreados por qualquer coisa real. Não há nada lastreando estes pedaços de papel, exceto por promessas.
Por que isso é um problema?
O primeiro “buraco” que o dinheiro tem em seu próprio balde é chamado “inflação”.
Você provavelmente já ouviu falar dela.
Inflação é um fenômeno interessante. Uma definição de inflação é a diluição da moeda, que, por sua vez, é muito comum de ocorrer.
Os governos e bancos diluem o valor do dinheiro que nós temos simplesmente por imprimir mais dinheiro. Ao colocar mais dinheiro em circulação, ocorre um aumento dos preços, por conta da desvalorização (ou diluição) do dinheiro.
Isto é como pegar algumas moedas de ouro, derretê-las, em seguida, adicionar algum outro metal nelas para fazer mais moedas, mesmo que o que você esteja colocando nelas não seja ouro de verdade – e então usá-las como se fossem feitas de ouro puro.
Agora eu não vou começar um discurso sobre o governo, os bancos, e assim por diante, pois isso é uma conversa para outro artigo, mas o que eu quero recordar-lhe é que o dinheiro está geralmente sendo diluído.
O segundo “buraco” que o dinheiro tem em seu próprio balde, que você provavelmente não ouviu falar, é que esse “dinheiro fictício” (dinheiro em espécie, ou um número na tela do seu computador mostrando quanto você possui em sua conta) é muito confuso para a mente humana.
Isso nos leva a cometer todos os diferentes tipos de erros que são muito nocivos a nossas vidas financeiras.
Um exemplo claro disso é a autossabotagem, que considero a principal causa de nossos problemas financeiros.
Lembre-se disto:
Quando você usa dinheiro, você perde dinheiro.
Aqui estão alguns exemplos de como o dinheiro se desvaloriza ao longo do tempo…
Para começar, imagine isto: imagine um balde que tem buracos dentro dele… e o dinheiro está caindo através desses buracos.
No Brasil, um real vale hoje (05/05/2014) menos da metade do que ele valia em Janeiro/2003. O valor do “dinheiro sem lastro” tipicamente cai – e rápido – ao longo do tempo. Isto é resultado da inflação, impressão de mais dinheiro, serviços bancários, e outras práticas.
Segundo, além dos insights que acabei de mostrar a você, também é importante lembrar que há milhares e milhares de experts em negócios e finanças que descobriram formas engenhosas de tirar levemente parte do dinheiro a cada vez que ele é usado por pessoas como você e eu.
Desde taxas para utilizar a maioria dos serviços bancários… Até taxas dos cartões de crédito… Taxas ocultas… Taxas de juros… Toda vez que você usa o dinheiro, ele gera ainda mais custos sobre seu dinheiro.
O dinheiro tem um buraco em seu próprio balde e toda vez que você converte seu trabalho em dinheiro (através do depósito do seu pagamento em sua conta corrente)… Ou que vende algo e traduz essa venda em dinheiro… Ou basicamente a qualquer momento que você usa o dinheiro, você perde dinheiro.
Conclusão – Recapitulando…
PRIMEIRO: Quando dinheiro e valor eram tangíveis, nós estávamos melhor nesse jogo. Se você tinha comida, você a comia. Se você tinha ouro, podia produzir coisas com ele. Era algo muito mais intuitivo para nós.
Agora que o dinheiro é intangível, ele nos confunde num profundo nível psicológico e emocional. Expliquei isto em detalhes neste artigo.
SEGUNDO: Quando nós usamos o dinheiro, perdemos dinheiro.
Então onde quero chegar com tudo isso?
Agora fica fácil entender que o dinheiro não é mais o que pensávamos que ele era, e quando usamos o dinheiro sem entender como ele funciona, perdemos ele.
Agora vamos falar de outro modo de pensar sobre dinheiro, e ainda mais importante… Um caminho para ter sucesso.
E, para isso, vamos observar as pessoas que entendem como o dinheiro funciona melhor que todos: os financeiramente bem-sucedidos.
O que os bilionários sabem que você não sabe
Pessoas bem-sucedidas descobriram outra forma de jogar o jogo, que não envolve focar em “conseguir dinheiro”, mas ao invés disto, eles focam em jogar o jogo num nível superior.
Você alguma vez notou que bilionários não mantém suas riquezas em dinheiro?
Pessoas ricas focam suas riquezas e valores em ativos específicos – não em dinheiro.
Por sinal, você sabia que a maioria das pessoas que ganham na loteria ou recebem uma grande herança perde esse montante rapidamente?
Se você conseguir ganhar dinheiro e não souber o que fazer com ele, provavelmente vai perdê-lo.
Você não pode ganhar um jogo que você não compreende – mesmo que você comece ganhando – porque você nunca entendeu como jogá-lo desde o início.
Aprenda o jogo, então prepare-se para que você possa ganhar
O que você nunca deve ter levado em consideração é isto: há uma forma de vencer esse jogo, mas envolve ir além de pensar apenas sobre dinheiro.
A inflação faz com que o dinheiro que temos valha cada vez menos ao longo do tempo. Taxas, impostos, juros e outros pequenos vazamentos custam a nós bastante quando usamos dinheiro. E manter nosso patrimônio em dinheiro na verdade causa uma perda automática.
Lembre-se que dinheiro não é um ativo para a maioria das pessoas.
Por fim, sugiro a leitura do artigo “A Verdade Sobre Como o Dinheiro Funciona”.
E se quiser aprender como transformar seu dinheiro em ativos que se valorizam ao longo do tempo, recomendo o Como Investir Dinheiro, livro eletrônico oficial do blog Quero Ficar Rico.
Até a próxima!
Nota: A principal fonte do artigo foi este vídeo do Eben Pagan, em inglês.
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