Você acredita no poder da mente?
Durante muito tempo, eu achava que essa história de “pensamento positivo” e “poder da mente” era pura balela.
E a verdade é que apenas pensar positivo não fará com que você conquiste riqueza e prosperidade.
Pode até melhorar pontualmente alguns aspectos da sua vida, mas não será somente isso que mudará completamente sua saúde financeira.
No entanto, quando combinamos a mentalidade correta com eliminação de crenças limitantes e adoção de bons hábitos financeiros, suas chances de obter sucesso aumentam consideravelmente.
Então, se há maneiras de configurar nosso cérebro, por que tão poucos conseguem alcançar este objetivo?
Se você quer descobrir como programar seu cérebro para enriquecer, continue lendo este artigo.
Quem Pensa Enriquece
Como diria Napoleon Hill, autor de um dos mais aclamados livros sobre enriquecimento (Think and Grow Rich), “quem pensa enriquece”.
Diversas pesquisas recentes comprovaram que nosso cérebro se desenvolve continuamente e pode ser “programado” para ter pensamentos prósperos.
Boa parte do que você já sabe sobre dinheiro e a forma como você toma decisões financeiras já estão presentes em seu cérebro, mesmo que você não saiba.
Esse conhecimento resulta do que você observou e aprendeu com seus pais ou outras pessoas mais próximas.
Mesmo que você tenha seguido um caminho diferente, isso não significa que você tenha se livrado deste “legado”, seja ele positivo ou negativo.
Se você pretende programar seu cérebro para enriquecer, é necessário, em primeiro lugar, desvendar o que está guardado em sua memória e como isso afeta sua vida financeira.
Para saber como seu cérebro está na escala de criação de riqueza, responda as perguntas abaixo (só passe para a seguinte após responder a que estiver lendo) sobre os seguintes assuntos:
- Dinheiro: seus pais lhe ensinaram a administrá-lo e ser moderado(a)? Ou queixavam-se de nunca ter o suficiente, mas não faziam nada para mudar?
- Vida profissional: você estabeleceu seus objetivos com antecedência para ingressar em uma profissão (área de atuação) bem remunerada? Ou nunca pensou nisso e apenas tem um emprego (do qual não gosta, por sinal)?
- Renda mensal: você está indo bem, mas sempre busca ganhar mais? Ou está quase sempre em apuros, muito infeliz e não encontra alternativas para mudar esse cenário?
- Investimentos: você tem um planejamento de longo prazo e avalia o progresso periodicamente? Ou (acha que) não tem dinheiro suficiente para investir?
- Tomada de decisões financeiras: você pesquisa e avalia cuidadosamente as principais opções antes de tomar decisões? Ou adia por meses, até que seja obrigado(a) a enfrentar o problema?
- Inteligência financeira: ela é ampla, mas há muito o que aprender? Ou ela simplesmente não existe?
- Patrimônio financeiro: é uma das suas prioridades mais importantes? Ou não existe?
- Reserva para emergências: você reservou uma quantia para três meses de despesas numa aplicação que nunca mexe? Ou não tem uma reserva, pois nunca há dinheiro suficiente para guardar?
- Aquisição de conhecimento: você lê livros, sites e revistas sobre educação financeira e investimentos? Ou não tem motivos para se atualizar, pois não tem dinheiro extra para investir?
Caso você tenha optado mais pela primeira do que pela segunda resposta, isso mostra que você tem uma base financeira sólida e que seu cérebro está pronto para ser treinado.
Caso contrário, você simplesmente não recebeu o conhecimento necessário para gerar riqueza.
A boa notícia é que nunca é tarde demais. É possível, sim, reprogramar seu cérebro para mudar seus pensamentos e ações em relação ao dinheiro.
No entanto, antes de buscar reprogramar seu cérebro, você precisa definir o que é riqueza para você.
O que é ser rico para você?
Apesar da resposta da maioria das pessoas ser um “número mágico” na conta bancária, a riqueza é a soma de quatro importantes capitais:
- Capital humano: todas as atividades que contribuem para seu desenvolvimento pessoal e interpessoal;
- Capital intelectual: todas as atividades que aumentam sua base de conhecimento;
- Capital financeiro: todas as atividades para ganhar, administrar, poupar e movimentar dinheiro;
- Capital social: todas as atividades executadas para fazer do mundo um lugar melhor.
Perceba que existem vários fatores (e não apenas o financeiro) que definem a verdadeira riqueza e motivam nosso cérebro a focar no que realmente importa.
Dinheiro, por si só, não motiva nosso cérebro.
Ele é apenas um meio utilizado para adquirir recompensas, que podem ser primárias (necessidades básicas) ou secundárias (coisas supérfluas).
Por isso, o que tem valor é o que o dinheiro representa para nós.
Dessa forma, o dinheiro torna-se mais (ou menos) poderoso dependendo da sua visão em relação a ele e como você escolhe usá-lo.
Entender o que realmente importa para você e transformar seus sonhos em objetivos financeiros mensuráveis fará com que seu cérebro esteja mais propenso a atingir suas metas.
Crenças limitantes em relação ao dinheiro
Todos nós chegamos à idade adulta com ideias conscientes (ou não) em relação ao dinheiro.
Sabemos como as pessoas ganham dinheiro, como administram, como se comportam quando possuem muito dinheiro e até quanto é dinheiro suficiente, por exemplo.
Esses padrões se originam de nossas experiências com dinheiro em nossas famílias e pessoas ao nosso redor (nossa comunidade).
Percebendo ou não, essas crenças nos influenciam e podem trabalhar contra nós em nossa busca pela prosperidade.
Pare agora para pensar nos tipos de mensagem que você recebeu durante sua vida:
- Seu pai (ou qualquer outra pessoa) disse a você que pessoas ricas são grosseiras e arrogantes e não compreendem ou valorizam as coisas importantes da vida?
- Sua mãe (ou qualquer outra pessoa) expressava a ideia de que as mulheres são inúteis quando se trata de ganhar e administrar dinheiro?
- Sua família sempre viveu próximo do limite financeiro? Ou sempre havia o suficiente para suas necessidades e alguns de seus desejos?
Você pode interpretar essas mensagens e seus efeitos sobre si mesmo(a) e desafiá-los de modo a conseguir tomar decisões diferentes daquelas que tomou no passado com relação à riqueza.
Por exemplo, se sua mãe ensinou a você que as mulheres não deveriam se envolver na tomada de decisões financeiras e as deixava a cargo de seu pai, esse não deve ser o seu caminho, mesmo que funcionasse para ela.
Se sua família sempre viveu próximo do limite, você também pode se sentir confortável vivendo assim. No entanto, considere que se afastar do limite pode ser muito mais saudável, financeiramente falando.
Você tem o que é preciso para ser rico?
Diversos estudos relataram que, independente do gênero, os indivíduos que geram riqueza apresentam muitas – se não todas – das características a seguir. Eles são:
- focados nos objetivos;
- entusiasmados;
- criativos;
- movidos a desafios;
- disciplinados;
- capazes de motivar e direcionar outros;
- inovadores;
- informados;
- carismáticos;
- propensos a correr riscos;
- habilidosos na escolha pela satisfação de longo prazo em vez de gratificação instantânea.
Além disso, outros estudos também mostraram que pessoas felizes tendem a ganhar mais dinheiro.
Como isso acontece?
Sentir-se feliz mantém seu cérebro quimicamente mais equilibrado, em vez de oscilar à medida que os hormônios do estresse aumentam ou diminuem.
Aqui estão alguns motivos a mais por que é importante ser feliz, particularmente em relação à sua saúde cerebral. Ser feliz:
- estimula o aumento das conexões nervosas;
- aumenta a produtividade mental;
- aumenta sua habilidade em analisar e pensar;
- afeta sua percepção quanto ao que o cerca;
- aumenta a atenção.
Em resumo, pensamentos felizes levam a mais pensamentos felizes; e pessoas felizes são mais criativas, resolvem problemas mais rapidamente e tendem a ser mais mentalmente atentas.
Ser feliz é apenas uma das habilidades que você pode dominar e que capacitará você e seu cérebro na busca pela riqueza.
Conclusão
Sim, você certamente pode treinar seu cérebro para obter sucesso, alcançar o que deseja na vida, tornar-se uma pessoa melhor, tomar decisões financeiras equilibradas, maximizar a função cerebral quanto à realização de seus sonhos e assim por diante.
Para tanto, serão necessários foco, intenção, dedicação, responsabilidade, ação e persistência.
E você pode reformar seu cérebro para experimentar e criar ainda mais riqueza.
Antes de terminar, queria recomendar quatro livros sobre enriquecimento.
Os dois primeiros são clássicos e precisam ser lidos por qualquer pessoa que tem a intenção de mudar sua mentalidade em relação ao dinheiro:
- Quem Pensa Enriquece, de Napoleon Hill;
- Os Segredos da Mente Milionária, de T. Harv Eker.
Os dois últimos foram descobertas recentes que me causaram uma ótima impressão (depois de vários que havia lido sem muitas novidades):
- Mentes Milionárias, de Aubele, Freeman, Hausner e Reynolds. Este é um pouco mais técnico, pois traz resultados de diversas pesquisas sobre o cérebro e comportamento, tendo sido inclusive a principal fonte deste artigo;
- A Via Expressa dos Milionários, de MJ DeMarco e trazido para o Brasil por Marcus Lucas (clique aqui para conhecer o livro).
Os três primeiros podem ser encontrados em qualquer livraria.
Já o último (A Via Expressa dos Milionários) é o único exclusivamente digital e você pode acessar o site oficial neste link aqui.
Se você não se preocupar em treinar seu cérebro para enriquecer, pode ter certeza que a psicologia do consumo vai dominar sua vida.
Todos, exceto você, lucram com a sua ignorância.
Faça diferente e assuma o controle da sua vida financeira.
Afinal, conhecimento é liberdade.
E se você tiver gostado deste texto, deixe um comentário abaixo e compartilhe este artigo com seus amigos.
Até a próxima!
Imagens de shutterstock.com.