CONSÓRCIO, LEASING OU FINANCIAMENTO?

O que é mais vantajoso na hora de comprar um automóvel? Optar por financiamento, leasing ou consórcio? Esta é fácil: comprar à vista, claro. Além de não pagar juros e não acumular dívidas, ainda se pode obter descontos interessantes.

Mas a verdade é que ao comprar o carro, a maioria absoluta opta por algum tipo de venda a prazo. Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), cerca de 70% dos automóveis são vendidos dessa forma.

E dentre as modalidades de venda a prazo, o leasing é a carteira que mais vem se destacando: pelo último levantamento da instituição, de novembro de 2007, a modalidade apresentou um crescimento de 83% em um ano.

O motivo é a não incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre esta operação, já que o leasing não é um financiamento, mas um arrendamento mercantil, uma espécie de aluguel. Nada, nada, são 3,5% de alíquota a menos no ano, fora a cobrança de 0,38%.

De acordo com Sergio Soares, gerente de vendas da Sabrico, o critério de escolha dos clientes é quase sempre o mesmo: “É o da prestação mais barata, a que cabe no bolso”, resume. Segundo ele, muitas pessoas têm preconceito contra o leasing, por conta dos problemas resultantes da desvalorização cambial em 1999. Agora ele garante que tal risco não existe mais. “Quando as pessoas percebem isso, acabam optando pelo leasing, por conta do preço menor”, diz.

Na simulação de compra de um veículo Volkswagen modelo FOX 1.0, cujo valor em janeiro estava em R$ 31.990,00, pela tabela cheia, comprar o carro por meio de leasing custava 6,03% mais barato que financiar. Já quem optava pelo consórcio podia economizar 33,22% ante o financiamento.

Ainda assim, para o consultor de vendas de automóvel André Belchior Torres, apesar de ser a opção mais cara dentre as três, o financiamento via Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ainda é a melhor opção.

Afinal, no leasing, o carro não fica no nome do comprador. Por ser uma espécie de aluguel, o veículo permanece no nome do banco até a conclusão da compra, o que, na opinião do consultor, dificulta a revenda do carro ou o repasse da dívida, se o comprador desistir do negócio no meio do caminho.

O consórcio, segundo ele, é sem dúvida a opção mais barata dentre as três, já que não cobra juros, mas apresenta uma grande desvantagem: a incerteza de receber o carro em pouco tempo.

“No consórcio, o comprador tem de aguardar o sorteio do carro, que pode vir no primeiro mês ou no último”. Se tiver pressa e algum dinheiro em caixa, o consorciado poderá participar dos lances, mas ainda assim corre o risco de ficar na espera por algum tempo.

Uma coisa é certa: os endividamentos muito longos (via leasing ou CDC) de mais de 60 meses, não são recomendados. Além de comprometerem a renda por um período maior, significam que o comprador estará pagando ao final de seis ou sete anos, um carro que poderá ter sido reestilizado diversas vezes no período, dificultando a troca. Tal desvantagem desaparece no consórcio, que garante ao consumidor o recebimento do último modelo disponível.

Como se percebe, todos os mecanismos apresentam vantagens e desvantagens. Sabendo quais são, fica mais fácil decidir qual é a melhor opção para o seu caso; ou para o seu bolso.

Fonte: UOL Economia

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