FUJA DA TENTAÇÃO

A compra por impulso afeta 37% dos consumidores brasileiros.
Uma reportagem do G1 do ano passado apresentava os resultados de uma pesquisa do Programa de Varejo da USP que comprovou que o hábito de adquirir um produto motivado mais pela emoção do que pelo raciocínio atinge 50% das pessoas que ganham até R$1.820,00 e passam de 70% nas pessoas com renda superior a R$ 7.281.
Segundo um artigo do site Mundo do Marketing, existem basicamente três tipos de compras:
  • A Compra planejada, quando o consumidor faz uso de uma lista de produtos e são caracterizados geralmente por pessoas com mais idade ou presas a um orçamento;
  • A Compra Impulsiva, ou compra não planejada, normalmente acompanhada por merchandising bem feito no ponto de venda;
  • e a Compra Influenciada, quando o vendedor explica as características do produto, apontando como o mais adequado ao perfil do cliente.

Mas isso não acontece por acaso. Entender essa fraqueza emocional dos consumidores faz os estabelecimentos comerciais multiplicarem em muito as suas vendas. Existem especialistas de Marketing que estudam exatamenteo comportamento do consumidor para tentar vender mais.

A necessidade de escapar de problemas, o desequilíbrio e a identificação social são fatores que fazem um consumidor comprar produtos desconhecidos, que ele não tem o hábito de adquirir. Quando uma pessoa percebe que o seu grupo usa um produto, ele compra. Esta compra acontece para que ele pareça algo que gostaria de ser, diz Eduardo Ayrosa, especialista em comportamento do consumidor.
Compra por Impulso: doença ou motivação?
Mundo do Marketing

Confira abaixo algumas dicas do G1 para evitar as compras impulsivas.

Use suas “armas” para negociar

  • Um preço anunciado nunca vai ser o preço pelo qual você vai fechar o negócio. As lojas geralmente já deixam uma margem para abaixar o valor se o cliente pechinchar. Se você aceita o preço apresentado na etiqueta, pagou a mais desnecessariamente.
  • Saiba identificar o verdadeiro preço de um bem. Qual é? O melhor que você conseguir negociar à vista. As pessoas se assustariam com o tanto de dinheiro que jogam fora por empurrarem o pagamento das compras. Não existe parcelamento sem juros.
  • Cuidado para não cair em “conversa de vendedor”. As empresas sempre fazem encenações para o cliente na hora de vender. Você com certeza já ouviu alguma destas frases:
  • “Esse preço só vale até hoje”;
  • “Se você não levar, eu levo”;
  • “Se tiver que baixar mais o preço, eu vou tirar da minha comissão”;
  • “Não damos desconto porque já parcelamos sem juros”;
  • ” O sistema da loja não deixa baixar o preço”.
  • Na hora de negociar, dê a contrapartida e faça teatro também. Se estiver morrendo de vontade de comprar o produto, diga que só está olhando e ainda não decidiu se vai comprar. Se for fazer as compras em casal, uma pessoa pode dizer que está com pressa e demonstrar pouco interesse, e a outra dizer que quer dar uma pesquisada no preço.
  • Nunca deixe a negociação terminar no vendedor. Quando sentir que as coisas não estão mais progredindo, chame o gerente. Ele tem autonomia para baixar mais o preço que o vendedor. “Mas seja amigável. Brigar não resolve”, alerta. E a dica só vale para compras grandes. Não funcionará em supermercados.

Elimine os Perigos

  • Saia de casa apenas com o dinheiro contado para pagar as despesas básicas do dia: transporte, alimentação e um pouquinho a mais para emergências. Estar sem cartão de crédito ou talão de cheques dificulta a compra de alguma oferta irresistível que surgir pelo caminho.
  • Não compre nada na primeira vez que vai à loja. As grandes empresas, que são cheias de dinheiro, fazem uma pesquisa detalhada antes de aprovar qualquer compra. Por que as pessoas físicas teriam que comprar na primeira?
  • Faça uma lista de desejos em conjunto com a família. Discutam as prioridades de cada um e coloque-as na lista por ordem de importância. Só pule para o segundo item da lista depois que houver comprado o primeiro, e assim por diante. ” Se os objetivos forem comuns, todos podem trabalhar como um time. Pode criar um clima de saudável cobrança mútua”, diz.
  • Se não conseguir se controlar, quebre o seu cartão de crédito. “É a mesma coisa que dar droga para um dependente químico. Tem gente que não consegue, então é melhor cortar o mal pela raiz”.

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