COMO A CRISE FINANCEIRA NOS AFETA?

Uma das piores crises da história do mercado financeiro está assolando o mundo inteiro, originada no estouro da bolha imobiliária dos EUA. Os jornais falam sobre isso o tempo todo.

Hoje pela manhã mesmo escutei um comentário de Mauro Halfeld na rádio CBN onde ele iniciava com “minhas piores previsões estão se concretizando“, e concluía com “mas o importante é manter-se vivo“.

Mas, se essa “crise” é tão grave assim, por que ainda não estamos sentindo os efeitos dela diretamente ?

Basicamente, esta crise está trazendo à tona toda a fraqueza do sistema financeiro americano.

Citando alguns exemplos:

  • Os bancos Freddie Mac e Fannie Mae tiveram que ser estatizados para não fecharem também;
  • O Lehman Brothers – o quarto maior banco de investimentos dos EUA entrou em processo de falência. Alguns dos seus ex-funcionários estão tentando sobreviver vendendo souvenirs com a marca do banco no eBay.
  • O Merryl Linch, banco americano com 90 anos de idade, foi adquirido pelo Bank of America a preço de banana;
  • O Morgan Stanley e o Goldman Sachs – os dois maiores bancos de investimentos dos EUA desvalorizaram, em um só dia, 24% e 14%, e agora andam procudando fundir-se com outros bancos para manterem-se vivo;
  • A seguradora AIG – a maior do mundo – também precisou de ajuda do goveno americano para não fechar. Esta seria uma catástrofe mundial.

E assim como esses, só nesta semana tivemos vários outros exemplos. O que é bastante para aprender que nenhum negócio é grande o suficiente para não quebrar.

O que aconteceu é que estes bancos lucraram montantes incontáveis de dinheiro financiando imóveis para pessoas físicas “não confiáveis” – o que ficou conhecido nos EUA como “mercado subprime”. Ou seja, arriscaram o próprio pescoço.

Então, como investidores do mundo inteiro tinham valores nestes bancos, para compensar suas perdas, estão buscando investir em coisas mais seguras.

Aqui no Brasil, por exemplo, os estrangeiros estão vendendo suas ações aos montes, o que está fazendo com que a Bovespa mergulhe profundamente em 25% de desvalorização.
(Vide post anterior)

Por outro lado a venda dos nossos títulos públicos foi pro céu, com um aumento de mais de 250% em relação ao mesmo período do ano passado.

À curto prazo, segundo especialistas, o principal impacto que vamos sentir, é a dificuldade de crédito e financiamento, ou seja, com os bancos mais cautelosos, os critérios para concessão de crédito ficarão mais rígidos e as taxas de juros reais de financiamentos subirão.

Em poucas palavras, para os empresários, vai ficar um pouco mais difícil adquirir capital emprestado em bancos de fomento.

E para o cidadão, vai ficar mais caro comprar o seu carro ou a sua casa própria.

O “quanto” mais caro é que ninguém sabe ainda, mas o certo é que em tempos de crise financeira, ninguém quer arriscar. Nem você!

Portanto, cuide bem do seu dinheiro durante a crise.

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