O grupo ABN AMRO (Holandês) anunciou por esses dias a sua venda a um consórcio formado por três bancos. Entre eles, o Santander (Espanhol), que ficará com o brasileiro Banco Real.
O ABN Amro tem operações em 53 países e valor de mercado de US$ 86 bilhões. Os holandeses compraram o Banco Real em 1998 por US$ 2 bilhões. No final do ano passado, a instituição tinha 31 mil funcionários e 1.095 agências. O lucro líquido alcançou R$ 2 bilhões em 2006, uma alta de 43% sobre o ano anterior.
* Portal Exame
Agora o grupo Santander, que já era um dos dez maiores bancos do mundo (em patrimônio líquido), no Brasil ficaria atrás apenas do Banco do Brasil e do Itaú, considerando seu Ativo Total – que é o que vale pra fazer o ranking no Brasil. Em patrimônio, continuaria em 4o. lugar, atrás também do Bradesco, mas bem pertinho do BB.
O grupo Santander anunciou por esses dias que trabalhará com marca única no Brasil. Ou seja, adeus Banco Real e adeus Banespa. A unificação das marcas está estimada para acontecer dentro de três anos. Enquanto isso nada muda.
E os espanhóis já avisaram: o foco deles é quantidade (e não qualidade) de atendimento – igual aos seus principais concorrentes Bradesco e Itaú. Por causa disso estimam perder entre 3% e 5% dos clientes do Banco Real. Quem deve se beneficiar com isso provavelmente é o Unibanco, que deve correr atrás de fusões também.
Alguns analistas dizem que – com a concentração dos bancos – a concorrência tende a diminuir e as tarifas e taxas de juros permanecerão altas e estáveis.
Eu prefiro acreditar na outra tese de que a agressividade dos espanhóis, pela briga do primeiro lugar, vai nos trazer boas propostas.