Cuidado, essas palavras não significam a mesma coisa! Apesar da semelhança, entender o significado das três pode fazer muita diferença no seu dia-a-dia.
Conversando com alguns amigos numa mesa de bar, nesta semana, tocamos neste assunto. Coletei algumas opiniões e resolvi trazê-las para ilustrar pra vocês cada um dos conceitos.
A pergunta era “Como você administra seu dinheiro?”
ECONOMIZAR
O primeiro comentou: “Não acho que vale a pena economizar. A vida é curta e precisamos viver o momento. Por isso eu gasto todo o meu dinheiro em coisas que me dão prazer.”
Nobre opinião. Porém este amigo, não conhecia exatamente o significado da palavra “economizar” e isso estava gerando nele uma certa miopia temporal.
- Economizar: evitar o desperdício, gastar com moderação, de forma inteligente, pechinchar (comprar mais pelo mesmo preço ou comprar o mesmo por um preço menor).
No contexto desta frase, seria mais correto dizer que “economizar” nos proporciona viver mais experiências prazerosas. Pois ao evitar gastos inúteis ou desnecessários, passa a sobrar mais para aplicarmos naquilo que nos trará o retorno procurado (no caso dele, o prazer).
Max Gehringer, no seu quadro do Fantástico, uma vez sugeriu que quando você parar diante de uma vitrine de uma coisa que deseja muito comprar, respire fundo e pergunte-se: “Eu quero, ou eu preciso?”. Após perguntar isso umas dez vezes, o desejo já vai ter passado… a necessidade não.
POUPAR
O comentário do segundo foi diferente. Ele disse: “Eu sou um cara controlado. Tenho minha planilha financeira e domino meus gastos. Muitas vezes tenho que me privar de fazer algumas coisas que gostaria, para que consiga cumprir meu orçamento do mês. Mas no final do mês, quando sobre alguma coisa, é minha hora de ser feliz!”
Este estava fazendo quase tudo certo… com o pequeno detalhe de que nunca “poupava” suas “economias”.
- Poupar: guardar, pôr a salvo.
Se este amigo fizesse como sugerido por T. Harv Eker já teria uma grande poupança. A sugestão é que, se você pretende controlar as suas despesas, planeje com antecedência as suas extravagâncias. Ou seja, preveja no seu orçamento do mês o dinheiro da festa, do cinema, das aventuras, das coisas que deseja comprar, da cervejinha da sexta-feira e, inclusive, uma parcela para “coisas imprevisíveis”. Fazendo isso conseguimos manter sob controle o nosso nível de satisfação com o salário e com a vida ao mesmo tempo. Inclusive fica até mais fácil perceber nossos gastos desnecessários ou mesmo descobrir a hora em que precisamos ganhar mais!
INVESTIR
O terceiro era um caso um pouco diferente: “Eu passei um bom tempo economizando nas minhas despesas. As sobras guardo na minha conta-poupança. Pretendo atingir uma certa quantia para dar de entrada na compra de um apartamento.”
Pois bem. Este estava numa situação um pouco melhor, porém não acreditava em como a palavra “investir” poderia fazer diferença no seu plano.
- Investir: empregar o seu dinheiro; fazer o dinheiro trabalhar para você, gerando mais dinheiro; multiplicar o dinheiro.
Pois é. O que fazer com as sobras das suas “economias”, que você deseja “poupar”? A melhor resposta é “investir”! Nesse último caso, pegamos a nossa planilha de projeção financeira, e descobrimos que o nosso amigo poderia adquirir o seu apartamento quase dois anos antes do que pretendia, se aplicasse o seu dinheiro numa renda fixa de 1% a.m.
Tentei explicar pra ele que seu dinheiro poderia render ainda mais se, ao invés de comprar apartamento, ele fosse morar de aluguel. Mas isso aí vai ficar pra assunto de outro post.
Espero que tenham compreendido a diferença entre as três palavras. Na Internet achei alguns outros textos legais, como este e este, que pode ajudá-los também.
Felizmente, nenhum dos três amigos do exemplo estavam atolados em dívidas ou cartão de crédito.
Mas caso você esteja, não se preocupe, tente começar a colocar essas três palavras em prática e tenha fé!