Aos amigos do blog Quero Ficar Rico, uma revelação. Poucos sabem, ao menos até agora, que o título original do livro “Quanto Custa Ficar Rico?” era “Riqueza que Liberta, Riqueza que Aprisiona.”.
Ambos os títulos representam muito bem a filosofia do livro, mas acabamos optando pelo que dava uma visão mais prática e objetiva do caminho para a Riqueza. A valorização da objetividade ficará mais clara adiante.
Os mitos que nos afastam da riqueza
Como indica o primeiro título proposto, o livro combate, de forma sutil, visões que considero distorcidas ou incompletas para definir Riqueza. Alguns dos pontos tratados e desmitificados seguem abaixo:
- Riqueza não é sinônimo de consumo e posse de bens e serviços de luxo;
- Quem vê a Riqueza somente pelo lado da renda, tende a se sentir desnecessariamente pressionado;
- A Riqueza é um conceito relativo e muda de indivíduo para indivíduo.
O objetivo final, mais importante do livro, é mostrar que o empreendimento que leva à Riqueza está ao alcance de todos, desde que os diferentes perfis sejam respeitados. José não é Eike, Gabriela não é Elizabeth II.
Um faxineiro, um motorista de ônibus podem ficar ricos, tanto quanto um presidente de multinacional. E acreditem, nem sempre é mais fácil para quem tem renda muito superior. Vejam a seguir uma visão interessante sobre esse aspecto.
Um indivíduo com um apartamento de R$ 1,5 milhão, uma casa de praia de R$ 800 mil, 2 carros de 150 mil cada, um barco de R$ 400 mil, totalizando um “passivo” de R$ 3 milhões, incorre em duas condições perversas:
- Perde patrimônio (desvalorização, depreciação e custo de oportunidade) na ordem de 4% ao ano ( R$ 120 mil);
- Precisa de caixa para manter os passivos na ordem de 6% ao ano (R$ 180 mil).
Ele já parte de uma necessidade salarial de R$ 300 mil por ano, só para manter seus passivos.
Ele é rico? Não é possível afirmar, mas é óbvio que consome bens de luxo.
Esse tipo de riqueza liberta ou aprisiona? Deixo para o leitor responder.
Semelhanças e diferenças com o Pai Rico, Pai Pobre
O “Pai Rico, Pai Pobre” é o pai de todos os livros que conceituam riqueza como equilíbrio entre renda proveniente do patrimônio e necessidades de caixa para subsistência. Porém é um livro eminentemente norte-americano. As colocações práticas do livro não se encaixam bem nem em países europeus.
Há duas diferenças básicas entre os livros. A primeira diz respeito à realidade brasileira, que é única no mundo. Nós temos juros ainda altos, o que favorece o rentista, mas atrapalha o investidor alavancado em imóveis e outros ativos.
Nos EUA e no resto do mundo poucos usam renda fixa para evolução patrimonial e aposentadoria, e muitos compram imóveis e alugam imediatamente, conseguindo pagar os juros do financiamento com a renda do aluguel. O Brasil está um pouco longe disso. Entre 8 e 16 anos de distância.
Porém o ponto que mais diferencia os livros é o foco na objetividade. Enquanto o “Pai Rico, Pai Pobre” define um conceito, o livro “Quanto Custa Ficar Rico?” define um modelo matemático, simples e claro, que vai permitir que o indivíduo diga, de forma inequívoca, “ESTOU RICO!” ou “Estou a 40% de me tornar RICO!”.
No livro esse “número” que mede a riqueza é chamado de IRP (Índice de Riqueza Pessoal). Ao atingir 100%, o indivíduo poderá falar que é rico, sem receio de estar enganado.
E o mais importante, ele poderá ser rico mesmo morando num bairro mais humilde e consumindo bens e serviços modestos. Riqueza não é consumo. Riqueza não é renda. Riqueza é uma equação que tem como fatores patrimônio e educação financeira.
A objetividade é tão importante no conceito do livro que criei um blog – Blog do Portinho – para divulgar as ferramentas de apoio para se atingir a Riqueza, além de tratar de temas relativos à bolsa e tirar dúvidas dos amigos investidores.
As planilhas estão disponíveis para qualquer visitante, tendo ou não lido o livro. Elas buscam orientar o indivíduo para que tomem decisões financeiramente inteligentes e libertadoras.
Por fim, o agradecimento…
Quero agradecer ao Rafael Seabra pelo generoso espaço que me concede. Alguns blogs têm uma luta muito bonita pelo desenvolvimento da educação financeira no país.
Sei das dificuldades, pois também trabalho em uma instituição sem fins lucrativas (INI – Instituto Nacional de Investidores), muito séria, que sente o investimento insuficiente em bons conteúdos e boas iniciativas no sentido de transformar o Brasil em um país de investidores conscientes.
Existe investimento, mas é pouco. E, infelizmente, não atinge as idéias mais poderosas, as iniciativas mais interessantes, como é o caso do blog Quero Ficar Rico.
Sinto-me contribuindo humildemente com o belo trabalho desenvolvido por vocês. Estamos na mesma luta, por um país de indivíduos com autonomia e independência financeira.
Desejo a todos… que fiquem RICOS!