Uma pesquisa realizada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), com 14 mil pessoas da América do Sul, mostrou que jovens e adultos brasileiros seguem os vizinhos de seu continente quando questionados sobre o que é mais importante para os jovens. A resposta mais citado foi ter mais oportunidades de trabalho.
No Brasil, 61% das pessoas deram essa resposta, a mesma proporção do Uruguai (61%) e a maior identificada pela pesquisa, à frente de Paraguai (59%), Chile e Argentina (48%) e Bolívia (39%).
Além disso, quando questionados sobre “o que é importante para os jovens?”, a segunda resposta mais dada também estava relacionada à carreira, que foi estudar e ter um diploma universitário, apontado por 20% dos brasileiros. Outros assuntos sobre a vida profissional foram garantia de melhores ganhos financeiros/salários e trabalhar no exterior.
Conseguir um trabalho
A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados o que é mais importante para que um jovem consiga um trabalho. Em toda a América do Sul, as questões mais citadas foram experiência e nível de escolaridade. No Brasil, esses itens contaram com 37% de respostas cada um. Confira as respostas nos outros países:
- Argentina: 35% responderam nível de escolaridade e 27%, experiência;
- Chile: 38,5% apontaram nível de escolaridade e 23,5%, experiência;
- Bolívia: 51% disseram experiência e 13%, nível de escolaridade;
- Paraguai: 34% citaram experiência e 27%, nível de escolaridade;
- Uruguai: 28% responderam nível de escolaridade e 27%, experiência;
Realidade Brasil
No Brasil, as respostas de adultos e jovens se diferenciaram, quando questionados sobre o que era importante para as pessoas mais jovens conseguirem um emprego. Os adultos apostaram mais em nível de escolaridade, enquanto os mais novos disseram experiência.
O estudo conclui que os dados sugerem que, embora os jovens atribuam importância inegável à educação, confiam menos do que os adultos na capacidade de resolução de seus problemas pelo fator exclusivo ou primordial das credenciais educativas.
Além disso, no Brasil, apenas 24% das pessoas disseram que os jovens deveriam apenas trabalhar e não estudar, proporção menor do que no Paraguai (26%), Bolívia (31%), Argentina (41%), Uruguai (43%) e Chile (54%).