Cuidados para não se tornar um consumista exagerado

Consumismo exageradoNos dias atuais não está nada fácil ser um consumidor eficiente. Escrevi no artigo Como gastar dinheiro que não é errado adquirir produtos supérfluos, desde que essa compra seja feita com planejamento e equilíbrio. O consumidor deve consumir de modo eficiente, cuidando do seu bolso e seu gosto. Deve pesquisar preços antes da compra e zelar pela qualidade dos serviços e produtos que consome.

Entretanto encontrar o equilíbrio não é uma tarefa fácil, por vários fatores, dentre os quais posso destacar o comportamento consumista que existia, por necessidade, na época dos altíssimos índices inflacionários existentes no Brasil nas décadas de 80 e 90 (até 1994); a falta de educação financeira; o crescimento da classe C, que trouxe com ela milhões de brasileiros que nunca puderam fazer uma compra e que, por agora ter essa disponibilidade, o fazem sem controle.

Todos os fatores citados no parágrafo anterior influem direta ou indiretamente no comportamento de consumo, mas, na minha opinião, o grande vilão desse consumismo exagerado é a cultura da sociedade contemporânea, onde prevalece a regra do “ter pra ser”. Essa cultura ganha força com a mídia, que relaciona os produtos a sensações ou atributos de natureza abstrata como felicidade, poder, sensualidade, entre outros.

O que é consumismo?

De acordo com o Wikipedia, a definição de consumismo é:

Ato de consumir produtos e/ou serviços, indiscriminadamente, sem noção de que podem ser nocivos ou prejudiciais para a nossa saúde ou para o ambiente. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade de agora.

A origem e as consequências do consumo exagerado

Li uma excelente entrevista com o psiquiatra Sérgio Zaidhaft, que explica brilhantemente a origem e as consequências do consumismo exagerado. Ele defende (e eu concordo) que esse comportamento faz com que as pessoas acreditem que somente encontrarão prazer nas coisas materiais, preenchendo seu vazio sentimental.

A cultura sob a qual nós vivemos imprime valores e necessidades. A mídia influência na criação de “necessidades desnecessárias“. Aliada a isso, está a estratégia dos produtores de terem produtos com vida útil extremamente baixa, estimulando o consumo contínuo, pois o produto de melhor qualidade é sempre o que ainda está por vir. Como exemplo disso, posso citar as TVs de tubo, plasma, LCD, Led e agora 3D. A mídia nos faz acredicar que sempre tem uma melhor por vir e que a nossa está ultrapassada.

Entretanto, ainda de acordo com o psiquiatra, o preenchimento desse vazio existencial através do consumo desmedido é temporário, pois a sensação de prazer que se tem no ato de consumir é efêmera. Esse vazio, portanto, nunca se completa e as pessoas ficam cada vez mais desesperadas por um algo que preencha completamente, o que nunca acontece.

Quando a busca pelo prazer através do consumo chega a um estágio crítico, a pessoa passa a viver em função disso, em detrimento das outras questões de sua vida. Já é hora de pedir ajuda! Isso vale para qualquer tipo de consumo exagerado, tais como cigarro, comida, drogas ilícitas, internet, jogo ou qualquer coisa que impeça a pessoa de manter uma relação de satisfação com os outros e com o mundo.

Comportamentos de consumo

Segundo psicossociólogos, os consumidores tem o seguinte comportamento na hora de comprar um produto:

  • Racional: O consumidor sabe o que quer comprar e compara preços. Às vezes influencia-se pela promoção e pela publicidade, mas o resultado pode ser o oposto caso se sentir enganado.
  • Impulsivo: O ato de comprar serve para canalizar o estresse, reforçado pelo próprio shopping-center ou supermercado, produzindo uma sensação de prazer imediato.
  • Compulsivo: Para esse tipo de comprador, a necessidade de comprar é comparável à de um viciado em drogas. Para os psiquiatras, trata-se de um sintoma de uma desordem emocional. O consumo se dá como uma forma de compensar um vazio, de sentir-se acompanhado, ainda que seja por um objeto.

Qual o seu comportamento?

Quando defendo o equilíbrio e planejamento ao fazer compras, espero que você seja um consumidor racional, perfil em que me encontro. Não vou negar que vez por outra dou minhas deslizadas, mas sempre tento ser o mais racional possível. Não tenho vergonha alguma de ser chamado “mão de vaca” ou, como falamos aqui no Nordeste, “pirangueiro”, se isso ocorre quando estou seguindo meus objetivos.

E aí, qual o seu comportamento?

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