FUNDOS DE CAPITAL PROTEGIDO

O fundo de capital protegido está dentro da categoria multimercados e busca retornos em mercados de risco procurando proteger, como o próprio nome diz, o principal investido, segundo definição da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).

Este tipo de fundo normalmente é configurado em forma de condomínio fechado, ou seja, tem um período pré-determinado de investimento e os recursos uma vez aplicados somente podem ser resgatados quando este intervalo terminar – prazo que não costuma ser menor que 12 meses.

Composição da carteira

A carteira do fundo “capital protegido” é composta por papéis de renda fixa e variável. O montante das captações é investido somente na renda fixa e o que esta aplicação render, ou seja, o retorno que excede o capital inicial é reaplicado em ativos de renda variável. Caso o gestor não alcance a sua meta de rentabilidade, o investidor tem o capital investido garantido, pois ele só acompanha os movimentos de valorização do mercado.

Em outras palavras: quando o investidor for sacar os recursos do fundo, ele receberá, no mínimo, o mesmo montante que aplicou.

No caso dos fundos do Bradesco, o excedente é usado para comprar opções sobre Ibovespa, o que é considerada uma estratégia bastante arrojada por agentes do mercado.

Estratégia com derivativos

O benchmark mais usado por gestores é o Ibovespa, uma vez que o objetivo é acompanhar as valorizações da Bolsa. Já o HSBC estrutura os fundos com títulos públicos pré-fixados, pois, dessa maneira, é possível saber quanto será exatamente o retorno.

No Smart 7, do HSBC, o investidor ganha a alta integral do Ibovespa se for de até 35%. Se o desempenho do índice estiver negativo ao fim do fundo, recebe de volta a aplicação inicial. Caso a barreira de alta seja superada em qualquer momento, o produto se transforma em uma renda fixa, com juros de 17,5% no mínimo.

O Banco Real, por exemplo, acaba de lançar um fundo de capital protegido que aplicará o excedente obtido com a renda fixa em opções de ações exclusivamente da Vale.

Já o Capital Protegido Van Gogh 2, do Real, inclui mais sofisticação. Além da trava de alta do Ibovespa, fixada em 40%, há ainda uma trava de baixa de 20%. Se ao fim do período a variação do índice estiver negativa em até 20%, o investidor recebe essa rentabilidade com sinal positivo. Isso deixa de valer caso o patamar seja ultrapassado em qualquer momento.

“Fundos de capital protegido dão a sensação de proteção. São bons para quem quer arriscar, mas não suportaria perdas”, ensina o professor de Finanças do Ibmec-SP Ricardo Almeida.

Perfil e vantagens

O ‘capital protegido’ é um fundo de caráter conservador porque garante o capital investido. É uma boa opção para quem está tomando gosto pelo risco. Os investidores que usualmente só aplicam em renda fixa ou DI conseguem começar a diversificar sua carteira com a certeza de que, no caso de uma volatilidade no mercado, a aplicação não será perdida, o que é um reconfortante.

Proteção tem seu custo

O investidor deve estar atento às taxas pré-fixadas de retorno que este tipo de fundo oferece. Isto porque, o prospecto do fundo pode determinar que a rentabilidade corresponde a um percentual pré-definido da alta dos índices de referência.

O Banco Real, por exemplo, estipula em seu fundo “Capital Protegido Vale” que se a valorização da ação da Vale ficar abaixo de 40%, o cotista receberá aproximadamente 95% dessa valorização e, na hipótese de valorização acima de 40%, o cotista terá o retorno pré-fixado. No HSBC, a família de fundos de capital protegido “Smart” paga até 35% do rendimento da Bolsa e sobre a percentagem restante aplica uma taxa também pré-fixada.

Por fim, no caso dos fundos falharem em sua meta de rentabilidade, os gestores algumas vezes devolvem os recursos aplicados com correções baseadas na TR (Taxa Referencial). Além disso, durante o período de captação e antes do fundo se estruturar (começar a adquirir os ativos para compor a carteira), os recursos que vão sendo captados podem ser aplicados em cotas de fundos “Referenciados DI”, o que pode atribuir alguma valorização ao capital.

Acompanhe AQUI a rentabilidade dos principais fundos de capital protegido, até 30/10/2008.

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