PGBL OU VGBL?

Uma modalidade do planejamento financeiro pessoal que vem crescendo seguidamente, ano após ano, são os planos de previdência privada. Apenas no 1o semestre, esses planos captaram mais de R$ 15,3 bi, com alta de 23% em relação ao mesmo período no ano passado. Portanto, é cada vez maior o número de pessoas preocupadas com a aposentadoria, seja porque não confiam tanto no INSS, seja porque querem ter uma outra fonte de renda quando se aposentarem.

Eu particularmente nunca me interessei muito por esses planos (ou quaisquer outros produtos de banco), pois acredito que, com um pouco de conhecimento, podemos alcançar os mesmos objetivos pagando menos por isso. Em todo caso, achei importante entender sobre PGBL e VGBL.

O que significa PGBL e VGBL?

Primeiramente, PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. São planos previdenciários que permitem que você acumule recursos por um prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado pela seguradora escolhida por você.

Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa por duas fases: o período de investimento e o período de benefício. O primeiro normalmente ocorre quando estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase de formação de patrimônio. Já o período de benefício começa a partir da idade que você escolhe para começar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos de trabalho.

A maneira de recebimento dos recursos é você quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (renda) para passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora.

É importante lembrar que tanto o período de investimento quanto o período de benefício não precisam ser contratados com a mesma seguradora. Desta forma, uma vez encerrado o período de investimento, o participante fica livre para contratar uma renda na instituição que escolher.

Quais as diferenças entre PGBL e VGBL?

A principal distinção entre eles está na tributação. No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restituição de IR. Mas atenção: esse benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo e são tributados na fonte.

Para quem faz declaração simplicada ou não é tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal. Ele é indicado também para quem deseja diversificar seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital.

Resumindo: o PGBL é ideal para aquelas pessoas que pagam imposto de renda e declaram no modelo completo. Já o VGBL é para aquelas pessoas que não pagam imposto de renda ou declaram no modelo simplificado.

Leitura complementar

Basicamente existem dois riscos relacionados a esses planos: morrer cedo ou a corretora quebrar. Recomendo a leitura de matéria do Terra explicando esses riscos, clicando AQUI.

Outra fonte interresante de informação é um bate-papo ocorrido no UOL, com o especialista em previdência privada, Marco Antônio Rossi, ocorrido em julho deste ano. Confiram clicando AQUI.

Não consegui encontrar uma tabela com a rentabilidade média desses planos (fiquem à vontade para contribuir!), mas seguramente deve ser menor que as demais aplicações de baixo risco oferecidas no mercado. Ainda mais quando se leva em conta o longuíssimo prazo em questão.

Conclusão

Minha conclusão: quem optar por um plano desses como um investimento, provavelmente quebrará a cara. A rentabilidade não compensa para, no final do prazo, você retirar o dinheiro. Já para quem pensa em contratar para se beneficiar de uma renda extra, pode ser interessante. Principalmente se você não tiver disciplina para administrar, por conta própria, sua previdência privada.

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