ENTENDA A “ERA BARACK OBAMA”

Acessem exatamente agora os portais BBC Brasil, IG, UOL, TERRA, G1, Infomoney, Valor Online e vocês verão um fenômeno! Não se fala sobre outra coisa por aí pelo mundo: Barack Hussein Obama, o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos, toma posse hoje, às 13hs (horário de brasília). A Terra TV, inclusive, prometeu transmitir ao vivo pela internet a cerimônia.

O otimismo é generalizado. Uma pesquisa feita pela BBC envolvendo mais de 17 mil pessoas em 17 países, mostra que 67% estão otimistas com o que a imprensa está chamando de “A Era Obama”. Sete de cada dez americanos dizem gostar de Obama (mesmo sem bolsa família!).

No entanto, a lua de mel de Obama será curta. O mundo enfrenta uma crise de confiança econômica sem precedentes, estimada como a maior desde a grande depressão após 1929. E esta crise foi gerada no ventre do país que “Presidente de Todos” assume hoje. Logo de cara, um de seus principais desafios é o combate à crise econômica (entre outros, ele ainda vai precisar lidar com o posicionamento radical dos EUA em relação ao aquecimento global;buscar melhorar a relação dos EUA com outros países; retirar as tropas do Iraque; intermediar o conflito entre Israel e Palestina para alcançar a paz; e decidir o futuro do afeganistão no combate contra o talebã). A economia será prioridade absoluta nos 100 primeiros dias de Obama na Casa Branca.

O mundo inteiro está de olho na política econômica de Obama. Confira neste post o por quê de tanta confiança:

  • Ásia: Metade dos produtos da Ásia é exportada para fora do continente, e pouquíssimas economias asiáticas prosperariam sem uma recuperação da demanda norte-americana.
  • Europa: está esperando acima de tudo que Obama interrompa o declínio da economia dos Estados Unidos e estabilize o sistema financeiro, que destruiu em cascata diversos bancos europeus;
  • América Latina: as políticas dos Estados Unidos quanto às questões das drogas, imigração, comércio e Cuba parecem ser promissoras. E rezam para que os vínculos de Obama com os sindicatos não signifique mais protecionismo, pois grande parte das commodities produzidas aqui no Brasil, por exemplo, são negociadas lá.
  • Brasil: o interesse de Obama em diminuir o consumo de petróleo e a poluição pode representar uma grande oportunidade para o país, líder mundial em biocombustíveis.

Em particular, o plano de socorro econômico de Obama deve custar U$775.000.000.000,00 (775 bilhões de dólares, equivalente a mais ou menos 1.8 trilhões de reais. Ou, em termos práticos, pouco mais da metade do PIB do Brasil, que foi de US$ 1310 trilhão em 2007). Obama vai direcionar este investimento principalmente para projetos relacionados a infra-estrutura e energia e pretende criar até quatro milhões de empregos – uma espécie de PAC americano. O plano também permitirá que empresas que estão perdendo dinheiro com a crise recebam de volta parte dos impostos pagos quando os negócios iam bem.

Pelo menos por enquanto, um fato é de se elogiar: a crise econômica que vinha sendo justificada pela generalizada falta de confiança no mercado americano e, precebendo isso, Barack Obama já vem utilizando o enorme prestígio popular que acumulou nos últimos meses para espantar o pessimismo predominante no país, salvar a economia americana da recessão e restaurar a credibilidade internacional da nação mais poderosa do planeta.

A má notícia, é que a “marolinha” ainda deve demorar para passar. E essa demora em apresentar resultados visíveis na economia colocará à prova a paciência do público com Obama e também a sua capacidade de persuasão. Há também quem ande dizendo que as medidas de Obama ainda estão imaturas e foram mal planejadas… Mas o Federal Reserve (FED, o Banco Central americano) já revisou para baixo as perspectivas para a atividade econômica em 2009 no país e acredita que a recuperação será lenta.

A cerimônia de posse de Barack Obama – ou o “novo nascimento da liberdade” como está sendo chamada – espera a participação de duas milhões de pessoas, inclusive brasileiros (o equivalente a vinte maracanãs lotados). Além do grande público estimado, a cerimônia mergulhou num simbolismo que vai ficar marcado na história:

  • Ontem foi feriado nacional nos EUA, o dia de Matin Luther King: (líder ativista que lutou pelos direitos dos civis negros nos EUA e no mundo);
  • O juramento será proferido na companhia da bíblia que pertenceu ao presidente Abraham Lincoln (décimo sexto presidente dos EUA, que dirigiu a abolição da escravatura no país).

 

 

Confira o perfil do novo presidente dos EUA:

Havaiano, de 47 anos, filho de uma norte-americana do Kansas com um queniano. Formado em direito por Harvard, foi eleito senador nos EUA em 1996, pelo estado do Illinois e, em 04 de Novembro de 2008, foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

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